O PIBID NA ECI SENADOR RUI CARNEIRO: OS CAMINHOS CONSTRUÍDOS PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA Flávio Félix de Lima Souza/flaviofelixfox@hotmail.com/UFPB Claudilene Gomes da Costa/claudilene@dcx.ufpb.br Carlos Alex Alves/c.alex15@yahoo.com.br/UFPB Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Agência Financiadora: Capes Resumo O presente trabalho teve como objetivo principal apresentar as primeiras ações do PIBID-MATEMÁTICA - UFPB Campus IV - Litoral Norte - Rio Tinto/PB na Escola Estadual Cidadã Integral Senador Ruy Carneiro - escola localizada no município de Mamanguape/PB. Nossa opção pela pesquisa é justificada devido ao compromisso com a formação do professor que ensina matemática, pelo nosso envolvimento no projeto e também por um ensino de matemática pautado em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador, que visem a superação dos problemas do processo ensino-aprendizagem com base na inserção de resultados de pesquisas acadêmicas na prática escolar, buscando a evolução dos indicadores de desempenho escolar disponíveis. Nesse sentido, os primeiros caminhos pensados e construídos para o ensino-aprendizagem de matemática na referida escola têm acontecido gradativamente. Primeiramente, foi realizada uma avaliação diagnóstica da escola considerando os seguintes aspectos: o espaço escolar e o de aulas; a análise dos documentos escolares e a realização de entrevistas com os atores protagonistas da escola (alunos, professores e gestão escolar). No segundo momento, foi iniciado o plano de ação das atividades para o ano de 2018, previamente elaborado em conjunto pelos coordenadores, supervisor e alunos bolsistas/voluntários do programa e atuantes na ECI Senador Ruy Carneiro, vislumbrando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem de matemática e a formação inicial e continuada de professores. Em meados de agosto, foi elaborado do corrente ano, um plano de ação que apresenta em seu conteúdo didático o desenvolvimento de oficinas pedagógicas, a metodologia de resolução de problemas, aulões de preparação para exames externos de avaliação (a exemplo do ENEM), uma gincana pedagógica; os objetos de conhecimento envolvidos; as habilidades foco e relacionadas a serem exploradas; os recursos necessários; as datas previstas de aplicação e a sistemática de avaliação. Nas oficinas pedagógicas, o plano de ação contém três atividades experimentais envolvendo o uso dos seguintes jogos: corrida das funções, o dominó trigonométrico e os baralhos da probabilidade, e aborda os conteúdos matemáticos de funções elementares, relações trigonométricas no triângulo retângulo e na circunferência e as ideias de espaço amostral e evento. Na metodologia de resolução de problemas, o plano de ação abrange três atividades sobre as unidades temáticas de Probabilidade e Estatística, Números, Álgebra e Grandezas e Medidas, visando trabalhar os objetos de conhecimento envolvendo leitura e interpretação de gráficos e tabelas, progressões aritméticas, progressões geométricas e regra de três. Os aulões serão desenvolvidos objetivando a preparação para o ENEM 2018 e envolverá a discussão e a resolução de questões do ENEM de edições anteriores. A gincana pedagógica está projetada para o fim do ano letivo, envolverá os conteúdos de matemática básica e média e será desenvolvida em equipes, havendo premiação para as três primeiras colocadas. A proposta é a mobilização dos conhecimentos prévios e as aprendizagens construídas ao final do ano letivo numa perspectiva lúdica, recreativa, coletiva e solidária, evitando assim, o aspecto competitivo e a rivalidade entre os estudantes. A sistemática de avaliação contido no plano de ação apresenta as concepções de avaliação formativa e somativa nos aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais. Dentre vários, alguns pressupostos teóricos que embasam nosso trabalho são: Rêgo e Rêgo (2000); Libâneo (2001); Flemming, Luz e Melo (2005); Lorenzato (2006); Silva e Kodama (2007); Fiorentini (1995; 2008); Carzola e Santana (2010), Souza (2016) e Brasil (2017). No momento atual do Programa na escola estamos realizando as oficinas pedagógicas supracitadas. Os resultados desses fazeres apontam o aprimoramento na formação profissional dos professores de matemática da escola e a mobilização de saberes docentes por parte dos alunos bolsistas; a inserção das tendências da educação matemática na ação docente; e realçam as inter-relações entre a escola e a universidade na melhoria do processo de ensino-aprendizagem e na prática da pesquisa acadêmica através da participação e publicação de trabalhos em eventos científicos. Estes resultados configuram a escola e o PIBID como espaços de formação e desenvolvimento profissional. Palavras-chave: Espaços de Formação, Educação Matemática, Práticas Escolares Inovadoras, Pesquisa Acadêmica. Referências BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar (3ª versão). Abr. 2017. CAZORLA, I. M.; SANTANA, E. R. S. Do Tratamento da Informação ao Letramento Estatístico. Itabuna: Via Litterarum, 2010. FIORENTINI, Dario. Alguns modos de ver e conceber o ensino da Matemática no Brasil. Zetetiké, Campinas, n. 4, 1995. FIORENTINI, Dario. (Org.). Formação de professores de matemática: Explorando Novos Caminhos com Outros Olhares. Campinas: Mercados de Letras, 2008. FLEMMING, Diva Marília. LUZ, Flemming Luz. MELLO, Ana Cláudia Collaço de. Tendências em Educação Matemática. 2. ed., Palhoça-SC: Universidade do Sul de Santa Catarina, 2005. LIBÂNEO, José Carlos. Produção de saberes na escola: suspeitas e apostas. In: CANDAU, V. Didática, currículo e saberes escolares. Rio de Janeiro: DP&A, 2001, p.11-45. LORENZATO, S. (org.). O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006. (Coleção formação de professores). RÊGO, Rogéria Gaudencio do; RÊGO, Rômulo Marinho do; Matematicativa. João Pessoa: editora universitária, 2000.