É de conhecimento geral, a participação do estagiário nas atividades da instituição de ensino, onde poderá pesquisar e montar um projeto que possa desenvolver nos alunos um senso crítico, que relacione o tema proposto com a prática, quebrando a monotonia da aula expositiva e despertado a participação e interesse de todos. Levando em consideração o desafio da busca por estratégias para melhorar a aprendizagem dos alunos e o de caráter de estruturas microscópicas de difícil assimilação sobre o conteúdo de divisão celular representado no livro didático, estagiários Biologia/FAEC/UECE desenvolveram um projeto com foco na abordagem metodológica da confecção de maquetes didáticas. Do exposto, este trabalho teve como objetivo fazer o relato de uma experiência vivenciada pelos estagiários utilizando a pesquisa escolar com foco na construção do processo de mitose e meiose com o uso de materiais de baixo custo. Essa experiência foi vivenciada em três turmas de primeiro ano dos cursos de Técnico em Enfermagem, Administração e Comércio da Escola Estadual de Educação Profissional Manoel Mano (Crateús-CE). Frente aos novos e complexos paradigmas apresentados pela sociedade e pela educação, entendemos que o estágio configura-se em um momento importante de aproximação entre o futuro profissional docente com a escola, com suas práticas pedagógicas e com seus protagonistas (professores e alunos) (CORTE; LEMKE, 2015). Para tornar o processo de aprendizagem mais efetivo e dinâmico, é importante a utilização de ferramentas estratégicas, que desperte a curiosidade e a vontade de aprender por prazer pelos alunos (Ramalho et al., 2006). AGAMME (2010) diz que as utilizações de modelos relacionados com o desenvolvimento de atividades lúdicas podem ajudar o professor a captar interesse dos alunos pela divisão celular, uma vez que, quando se apresenta apenas imagens presentes no livro didático, por exemplo, torna-se mais dificultosa a assimilação. Entretanto, no momento atual, existem poucos artigos publicados com proposta de aplicação de sequencias didáticas alternativas para o ensino dos processos de divisão celular e genética (PAULA, 2007). Foram divididas as salas em 4 grupos onde, ficava a critério de cada um qual material seria utilizado para a confecção dos modelos. A pesquisa escolar com atividades lúdicas foi abordada nas três turmas de primeiro ano, em que todas estudaram o conteúdo de mitose e meiose especificamente, de forma teórica, através de aulas expositivas, com a utilização do livro didático, slides, vídeos e as atividades propostas no livro. Após a realização das aulas teóricas em sala de aula, foi orientado aos alunos a pesquisa escolar desenvolvida em grupos e por turma em que cada um confeccionaria seu modelo didático. A professora de biologia disponibilizou algumas aulas para essa confecção na escola. Ao final da prática, os alunos expuseram seus trabalhos e explicaram todos os processos de mitose e meiose para a turma, a professora de biologia e os estagiários, em que ao mesmo tempo estavam sendo avaliados pela professora como nota para o bimestre. Foram utilizados materiais de baixo custo, entre eles a massa de biscuit, isopor, cola, massa de modelar, lã, tinta e cartolinas por todas as salas. Dois grupos foram além da atividade proposta e desenvolveram uma paródia sobre o tema proposto, nos quais os resultados apresentados neste relato corroboram com o que afirma Ramalho et al., (2006), quando diz que "é importante a utilização de ferramentas estratégicas, que desperte a curiosidade e a vontade de aprender por prazer pelos alunos". Este projeto buscou trabalhar a pesquisa escolar com a confecção de material pelo próprio aluno a fim de auxiliar na assimilação do conteúdo de divisão celular, especificamente os processos de mitose e meiose de maneira lúdica e interativa. Após a apresentação das maquetes, todos os estudantes afirmaram que essa metodologia contribuiu para melhorar a aprendizagem do conteúdo de divisão celular, reduzindo as dificuldades apresentadas anteriormente, quando se usava apenas as aulas teóricas. Foram perceptíveis a interatividade e a atenção dos alunos durante todo o processo de confecção, acompanhamento e utilização dos materiais desenvolvidos. Por isso, essa experiência foi uma excelente vivência formativa para o estagiário da Faculdade de Educação de Crateús-FAEC/UECE, enquanto futuro professor de biologia. Palavras-chave: Lúdico. Divisão celular. Estágio Supervisionado. Aprendizagem interativa coletiva. Referências AGAMME, A. L. D. A. O lúdico no ensino de genética: a utilização de um jogo para entender meiose. 2010. 165 f. Monografia - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2010. CORTE, Anelise C. Dalla; LEMKE, Cibele K. O estágio supervisionado e sua importância para a formação docente frente aos novos desafios de ensinar, p. 01-10, Out. 2015. PAULA, Sabrina Ribeiro de. Ensino e aprendizagem dos processos de divisão celular no Ensino Fundamental. 2007. 113f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Intituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo (SP), 2007. RAMALHO, M.A.P; SILVA, F.B; DA SILVA, G.S; DE SOUZA, J.C, - Ajudando a fixar os conceitos de Genética. Genética na Escola, 01.02, p. 45-49, 2006.