Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES INTRODUTÓRIAS DO PIBID NA ESCOLA

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Dentro dessa perspectiva, os discentes do PIBID Matemática realizaram, nas escolas às quais estão vinculados, e em conjunto com os supervisores em cada escola, um evento inaugural intitulado "Dia D do PIBID", como parte da inserção dos licenciandos nas escolas. Tal evento contou com o desenvolvimento de atividades lúdicas voltadas para o ensino da Matemática. Tais atividades surgiram da necessidade de integração dos bolsistas de iniciação à docência (ID) com os alunos da educação básica, no espaço que será o campo de aprendizados, formação e atuação prática desses licenciandos. Esse também foi um modo de mostrar para os estudantes das escolas que a Matemática pode ser aprendida de várias formas, inclusive com atividades lúdicas, tais como brincadeiras e desafios. Desse modo surge a questão principal que norteou esta pesquisa: Como as atividades lúdicas podem contribuir para a formação dos licenciandos e sua inserção no cotidiano escolar? Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é destacar a contribuição das atividades realizadas como introdução do PIBID na escola, para as práticas pedagógicas e acadêmicas dos bolsistas ID. Como referencial teórico embasou-se em Smole, Diniz e Milani (2007), Lorenzato (2006) e Shulman (2010). Esta foi uma pesquisa de abordagem qualitativa e metodologia do tipo exploratória, cujos dados foram coletados fazendo uso de um formulário eletrônico, que foi respondido por vinte bolsistas ID. Inicialmente, em uma das reuniões do PIBID, ocorreu o planejamento das atividades a serem desenvolvidas na escola e sua execução ocorreu no evento de inauguração do PIBID na escola. Tal evento foi realizado no período da manhã, em uma escola de Ensino Médio, na cidade de Canindé no Estado do Ceará e contou com a participação de 36 alunos que foram escolhidos segundo seu desempenho na disciplina de matemática: metade tinha rendimento acima da média e a outra metade tinha rendimento abaixo da média. As atividades ocorreram dentro de uma sala de aula e contaram, ainda, com a participação de professores da área de Matemática, do diretor da escola e da coordenadora de área do PIBID do IFCE/Canindé. Inicialmente ocorreu uma apresentação do PIBID informando seus objetivos, apresentação dos discentes e atividades que seriam desenvolvidas pelo programa na escola. Depois disso os alunos foram divididos em cinco grupos e, em sistema de rodízio, passavam visitando cada atividade. A primeira atividade fazia uso do tangram, onde os alunos foram apresentados ao material concreto e teriam que realizar o desenho de algumas figuras usando suas peças; a segunda envolvia o jogo Cai não cai, onde os alunos, fazendo uso do raciocínio lógico, teriam que procurar estratégias para tentar derrubar o menor número de bolas ao puxar varetas contidas no jogo; a terceira atividade fazia uso do ábaco, onde deveriam estourar um balão aleatório no qual continha uma expressão numérica em seu interior e usariam o ábaco para registrar o valor encontrado; a quarta atividade foi a atividade "adivinhado o número", que usa o conceito de base binária, onde os alunos deveriam pensar em um número natural de 1 a 64, em seguida lhe eram apresentadas tabelas contendo números e deveria ser dito se seu número estava ou não na tabela; por fim, a quinta atividade consistia na torre de copos, que usa o conceito de números triangulares, onde deveriam ser formada torre com copos fazendo uso de canudos. Após a realização das atividades, foi realizada uma pesquisa no formulário eletrônico, que fora elaborado pelo professor supervisor. De acordo com a pesquisa feita via formulário, quando perguntados sobre a avaliação do impacto das atividades de inserção do PIBID na escola para o desenvolvimento das ações futuras, tivemos que 100% dos participantes julgaram importante e necessária; com relação ao envolvimento dos discentes da escola na realização das atividades, tivemos que 55% perceberam participação colaborativa, 40% participação ativa e 5% participação como expectadores; quanto ao planejamento das atividades desenvolvidas, tivemos que 95% relataram que houve planejamento, enquanto 5% disseram que não; com relação à atividade que trouxe mais aprendizados para os alunos, na percepção deles, tivemos tangram (35%), ábaco (30%), adivinhando o número (20%), cai não cai (15%) e torre de copos (0%). Quanto à interação dos alunos com a atividade e com os bolsistas, foi notado, por estes, que, inicialmente eles estavam meio receosos de participar, mas à medida que os primeiros alunos participavam, foi observado que os demais foram interagindo e fazendo perguntas aos bolsistas de como realizar as atividades propostas. Sendo assim, constatamos a relevância dessa atividade introdutória do PIBID nas escolas, tanto para os alunos desta, quanto para os bolsistas ID e, de modo geral, as contribuições trazidas para a formação docente dos licenciandos, enquanto primeiros contatos com alunos de Matemática da educação básica, seus aprendizados e dinâmicas interativas, constituindo práticas para reflexões em articulação com as teorias estudadas, constituindo conhecimentos para a docência (SHULMAN, 2010). Podemos dizer que as atividades propostas, a pesquisa, a sistematização sobre a percepção acerca da realização delas constituem conhecimentos novos, em construção, do grupo de bolsistas sobre o ensino da Matemática. Outro aspecto destacado são os discentes da escola, o envolvimento deles com as atividades, fazendo com que percebam a matemática sob outras perspectivas, como jogo, desafio, brincadeira. Refletiu-se que quando forem professores, o desafio será inovar e renovar suas estratégias metodológicas, didáticas em sala de aula, com o devido embasamento teórico, buscando as melhores formas que ajudem o estudante a atribuir sentido ao conhecimento matemático, e, consequentemente, favoreçam a aprendizagem da Matemática. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC). 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Inicialmente ocorreu uma apresentação do PIBID informando seus objetivos, apresentação dos discentes e atividades que seriam desenvolvidas pelo programa na escola. Depois disso os alunos foram divididos em cinco grupos e, em sistema de rodízio, passavam visitando cada atividade. A primeira atividade fazia uso do tangram, onde os alunos foram apresentados ao material concreto e teriam que realizar o desenho de algumas figuras usando suas peças; a segunda envolvia o jogo Cai não cai, onde os alunos, fazendo uso do raciocínio lógico, teriam que procurar estratégias para tentar derrubar o menor número de bolas ao puxar varetas contidas no jogo; a terceira atividade fazia uso do ábaco, onde deveriam estourar um balão aleatório no qual continha uma expressão numérica em seu interior e usariam o ábaco para registrar o valor encontrado; a quarta atividade foi a atividade "adivinhado o número", que usa o conceito de base binária, onde os alunos deveriam pensar em um número natural de 1 a 64, em seguida lhe eram apresentadas tabelas contendo números e deveria ser dito se seu número estava ou não na tabela; por fim, a quinta atividade consistia na torre de copos, que usa o conceito de números triangulares, onde deveriam ser formada torre com copos fazendo uso de canudos. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC). O PIBID visa proporcionar aos discentes uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica de forma a contribuir para uma articulação entre teoria e prática, necessária à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Canindé, que havia sido contemplado nos editais passados com o PIBID no curso de Licenciatura em Matemática, foi novamente contemplado com o programa de forma a permitir aos ingressantes do programa um contato com o ambiente escolar. 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Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é destacar a contribuição das atividades realizadas como introdução do PIBID na escola, para as práticas pedagógicas e acadêmicas dos bolsistas ID. Como referencial teórico embasou-se em Smole, Diniz e Milani (2007), Lorenzato (2006) e Shulman (2010). Esta foi uma pesquisa de abordagem qualitativa e metodologia do tipo exploratória, cujos dados foram coletados fazendo uso de um formulário eletrônico, que foi respondido por vinte bolsistas ID. Inicialmente, em uma das reuniões do PIBID, ocorreu o planejamento das atividades a serem desenvolvidas na escola e sua execução ocorreu no evento de inauguração do PIBID na escola. Tal evento foi realizado no período da manhã, em uma escola de Ensino Médio, na cidade de Canindé no Estado do Ceará e contou com a participação de 36 alunos que foram escolhidos segundo seu desempenho na disciplina de matemática: metade tinha rendimento acima da média e a outra metade tinha rendimento abaixo da média. As atividades ocorreram dentro de uma sala de aula e contaram, ainda, com a participação de professores da área de Matemática, do diretor da escola e da coordenadora de área do PIBID do IFCE/Canindé. Inicialmente ocorreu uma apresentação do PIBID informando seus objetivos, apresentação dos discentes e atividades que seriam desenvolvidas pelo programa na escola. Depois disso os alunos foram divididos em cinco grupos e, em sistema de rodízio, passavam visitando cada atividade. A primeira atividade fazia uso do tangram, onde os alunos foram apresentados ao material concreto e teriam que realizar o desenho de algumas figuras usando suas peças; a segunda envolvia o jogo Cai não cai, onde os alunos, fazendo uso do raciocínio lógico, teriam que procurar estratégias para tentar derrubar o menor número de bolas ao puxar varetas contidas no jogo; a terceira atividade fazia uso do ábaco, onde deveriam estourar um balão aleatório no qual continha uma expressão numérica em seu interior e usariam o ábaco para registrar o valor encontrado; a quarta atividade foi a atividade "adivinhado o número", que usa o conceito de base binária, onde os alunos deveriam pensar em um número natural de 1 a 64, em seguida lhe eram apresentadas tabelas contendo números e deveria ser dito se seu número estava ou não na tabela; por fim, a quinta atividade consistia na torre de copos, que usa o conceito de números triangulares, onde deveriam ser formada torre com copos fazendo uso de canudos. Após a realização das atividades, foi realizada uma pesquisa no formulário eletrônico, que fora elaborado pelo professor supervisor. De acordo com a pesquisa feita via formulário, quando perguntados sobre a avaliação do impacto das atividades de inserção do PIBID na escola para o desenvolvimento das ações futuras, tivemos que 100% dos participantes julgaram importante e necessária; com relação ao envolvimento dos discentes da escola na realização das atividades, tivemos que 55% perceberam participação colaborativa, 40% participação ativa e 5% participação como expectadores; quanto ao planejamento das atividades desenvolvidas, tivemos que 95% relataram que houve planejamento, enquanto 5% disseram que não; com relação à atividade que trouxe mais aprendizados para os alunos, na percepção deles, tivemos tangram (35%), ábaco (30%), adivinhando o número (20%), cai não cai (15%) e torre de copos (0%). Quanto à interação dos alunos com a atividade e com os bolsistas, foi notado, por estes, que, inicialmente eles estavam meio receosos de participar, mas à medida que os primeiros alunos participavam, foi observado que os demais foram interagindo e fazendo perguntas aos bolsistas de como realizar as atividades propostas. Sendo assim, constatamos a relevância dessa atividade introdutória do PIBID nas escolas, tanto para os alunos desta, quanto para os bolsistas ID e, de modo geral, as contribuições trazidas para a formação docente dos licenciandos, enquanto primeiros contatos com alunos de Matemática da educação básica, seus aprendizados e dinâmicas interativas, constituindo práticas para reflexões em articulação com as teorias estudadas, constituindo conhecimentos para a docência (SHULMAN, 2010). Podemos dizer que as atividades propostas, a pesquisa, a sistematização sobre a percepção acerca da realização delas constituem conhecimentos novos, em construção, do grupo de bolsistas sobre o ensino da Matemática. Outro aspecto destacado são os discentes da escola, o envolvimento deles com as atividades, fazendo com que percebam a matemática sob outras perspectivas, como jogo, desafio, brincadeira. Refletiu-se que quando forem professores, o desafio será inovar e renovar suas estratégias metodológicas, didáticas em sala de aula, com o devido embasamento teórico, buscando as melhores formas que ajudem o estudante a atribuir sentido ao conhecimento matemático, e, consequentemente, favoreçam a aprendizagem da Matemática. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e uma ação da Política Nacional de Formação de Professores do Ministério da Educação (MEC). O PIBID visa proporcionar aos discentes uma aproximação prática com o cotidiano das escolas públicas de educação básica de forma a contribuir para uma articulação entre teoria e prática, necessária à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Canindé, que havia sido contemplado nos editais passados com o PIBID no curso de Licenciatura em Matemática, foi novamente contemplado com o programa de forma a permitir aos ingressantes do programa um contato com o ambiente escolar. Dentro dessa perspectiva, os discentes do PIBID Matemática realizaram, nas escolas às quais estão vinculados, e em conjunto com os supervisores em cada escola, um evento inaugural intitulado "Dia D do PIBID", como parte da inserção dos licenciandos nas escolas. Tal evento contou com o desenvolvimento de atividades lúdicas voltadas para o ensino da Matemática. Tais atividades surgiram da necessidade de integração dos bolsistas de iniciação à docência (ID) com os alunos da educação básica, no espaço que será o campo de aprendizados, formação e atuação prática desses licenciandos. Esse também foi um modo de mostrar para os estudantes das escolas que a Matemática pode ser aprendida de várias formas, inclusive com atividades lúdicas, tais como brincadeiras e desafios. Desse modo surge a questão principal que norteou esta pesquisa: Como as atividades lúdicas podem contribuir para a formação dos licenciandos e sua inserção no cotidiano escolar? Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é destacar a contribuição das atividades realizadas como introdução do PIBID na escola, para as práticas pedagógicas e acadêmicas dos bolsistas ID. Como referencial teórico embasou-se em Smole, Diniz e Milani (2007), Lorenzato (2006) e Shulman (2010). Esta foi uma pesquisa de abordagem qualitativa e metodologia do tipo exploratória, cujos dados foram coletados fazendo uso de um formulário eletrônico, que foi respondido por vinte bolsistas ID. Inicialmente, em uma das reuniões do PIBID, ocorreu o planejamento das atividades a serem desenvolvidas na escola e sua execução ocorreu no evento de inauguração do PIBID na escola. Tal evento foi realizado no período da manhã, em uma escola de Ensino Médio, na cidade de Canindé no Estado do Ceará e contou com a participação de 36 alunos que foram escolhidos segundo seu desempenho na disciplina de matemática: metade tinha rendimento acima da média e a outra metade tinha rendimento abaixo da média. As atividades ocorreram dentro de uma sala de aula e contaram, ainda, com a participação de professores da área de Matemática, do diretor da escola e da coordenadora de área do PIBID do IFCE/Canindé. Inicialmente ocorreu uma apresentação do PIBID informando seus objetivos, apresentação dos discentes e atividades que seriam desenvolvidas pelo programa na escola. Depois disso os alunos foram divididos em cinco grupos e, em sistema de rodízio, passavam visitando cada atividade. A primeira atividade fazia uso do tangram, onde os alunos foram apresentados ao material concreto e teriam que realizar o desenho de algumas figuras usando suas peças; a segunda envolvia o jogo Cai não cai, onde os alunos, fazendo uso do raciocínio lógico, teriam que procurar estratégias para tentar derrubar o menor número de bolas ao puxar varetas contidas no jogo; a terceira atividade fazia uso do ábaco, onde deveriam estourar um balão aleatório no qual continha uma expressão numérica em seu interior e usariam o ábaco para registrar o valor encontrado; a quarta atividade foi a atividade "adivinhado o número", que usa o conceito de base binária, onde os alunos deveriam pensar em um número natural de 1 a 64, em seguida lhe eram apresentadas tabelas contendo números e deveria ser dito se seu número estava ou não na tabela; por fim, a quinta atividade consistia na torre de copos, que usa o conceito de números triangulares, onde deveriam ser formada torre com copos fazendo uso de canudos. Após a realização das atividades, foi realizada uma pesquisa no formulário eletrônico, que fora elaborado pelo professor supervisor. De acordo com a pesquisa feita via formulário, quando perguntados sobre a avaliação do impacto das atividades de inserção do PIBID na escola para o desenvolvimento das ações futuras, tivemos que 100% dos participantes julgaram importante e necessária; com relação ao envolvimento dos discentes da escola na realização das atividades, tivemos que 55% perceberam participação colaborativa, 40% participação ativa e 5%

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