Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E O ENSINO DE QUÍMICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - AUTISMO

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Há mais de uma década foi promulgada pelo Ministério da Educação a portaria 1.793/94 (Brasil, 1994), que alertava quanto à necessidade de complementar os currículos de formação de professores com a disciplina Aspectos éticos - políticos - educacionais da normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 (Brasil, 1996), diz que os indivíduos com necessidades especiais deveriam ser atendidos pela rede pública e regular de ensino e os sistemas de ensino deveriam assegurar professores com especialização adequada para a integração desses alunos nas classes comuns. A Resolução CNE/CEB nº 2/2001 (Brasil, 2001), por sua vez, institui, em seu art. 1º, "as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas as suas etapas e suas modalidades". E por último, a resolução CNE/ CP nº01/2002 (Brasil, 2002), que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de Ensino Superior devem prever em sua organização curricular que a formação docente seja voltada à diversidade e contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Atualmente, existem alguns programas educacionais que são mais utilizados e conhecidos para a educação de crianças e adolescentes com autismo, principalmente em escolas de Educação Especial. Entre eles, destaca-se o Programa TEACCH - (Treatmentand Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children) e o Currículo Funcional Natural CFN. Mesmo com todo o aparato das Leis, resoluções e programas para a educação inclusiva, encontramos professores desesperados quando recebem um aluno com necessidades especiais em sua sala de aula. O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Essas dificuldades fazem com que o aluno com autismo tenha certas limitações no processo de ensino-aprendizagem. Estas características podem levar a um isolamento contínuo da criança e sua família. Entretanto, acredita-se que a inclusão escolar pode proporcionar a essas crianças oportunidades de convivência com outras da mesma faixa etária, constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento da competência social (Camargo; Bosa; 2009). O presente trabalho verificou como ocorre o processo de ensino aprendizagem dos alunos com autismo em uma escola regular e teve como objetivo identificar as metodologias de ensino utilizadas e verificar em que aspectos essas metodologias auxiliam no processo de ensino-aprendizagem desses alunos. A inclusão dos alunos autistas com os alunos regulares é de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo desses jovens. O uso de metodologias específicas e aplicadas pelo professor capacitado para receber autistas em sua sala de aula, cria um ambiente de segurança para o autista e isso é fundamental para seu bom desempenho. Metodologias ativas, onde cada aluno tem a liberdade de se expressar e caminhar junto com o professor, cria laços de convivência e fortalece a confiança entre o grupo, facilitando assim a interação e inclusão dos autistas. O aluno com autismo deve ser tratado como qualquer outra pessoa e a família deve participar do processo de aprendizagem. O educador deve ensinar com entusiasmo, o tom de voz e a linguagem usada com o aluno devem ser o mais natural possível, as habilidades do aluno devem ser mais enfatizadas que suas fraquezas, a atenção do aluno deve ser garantida antes de ser dada uma ordem ou fazer um pedido, as ordens dadas devem ser claras e indispensáveis, as ordens não devem ser repetidas mais de duas vezes antes que o aluno processe a informação recebida, deve ser dado tempo suficiente para a resposta do aluno, o educador deve manter-se calmo e interagir como um amigo com seu aluno, elogios devem ser descritivos, ajudas físicas devem ser evitadas de forma a dar ao aluno a oportunidade de fazer sozinho. Os interesses do aluno devem ser aproveitados para ensino de novas habilidades (SANTOS; LOURENÇO; CAPELLINI; 2013). É importante ressaltar que a percepção sobre a função da escola, que deve ser realizada por todos os profissionais de educação, já que estes têm conhecimentos sobre as políticas de educação, aprendizagem e recursos necessários para que esse processo de inclusão se efetive (BARBERINI, K.Y.,2016). A confiança, respeito pelas dificuldades, perseverança e paciência são o caminho da estrada a se percorrer para a evolução do autista. Com o advento do processo inclusivo, o tema Escolarização do Autista passa a ser discutido nos diferentes níveis educacionais e ao acreditar que todos os alunos devem ser atendidos em suas necessidades, o processo de escolarização perpassa por características diversas dos alunos que estão sendo atendidos pelo ensino regular. Diante disso, torna-se relevante a busca de novos estudos voltados para a formação do profissional da educação frente às políticas de inclusão escolar. Palavras-chave: Autismo, Educação, Inclusão, Metodologia. Referências BARBERINI, K.Y. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E O ENSINO DE QUÍMICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA - AUTISMO Tamires Matioli Cândido1; Jordanna C. N. B. Da Gama2; Luciana Francisca Damasceno3; Aendel Reis de Morais4; Helena Ali5. Discente [1] matiolitamires@gmail.com - IFTM Campus Uberaba Discente [2] jordannabenaventana@gmail.com - IFTM Campus Uberaba Discente [3] lucianafd2012@yahoo.com.br - IFTM Campus Uberaba Discente [4] aendelrm@gmail.com - IFTM Campus Uberaba Docente [5] helenaali@iftm.edu.br - IFTM Campus Uberaba Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem Resumo A educação inclusiva é uma realidade em nosso país, muita coisa mudou desde o início de sua implementação, mas há muito o que ser feito. Há mais de uma década foi promulgada pelo Ministério da Educação a portaria 1.793/94 (Brasil, 1994), que alertava quanto à necessidade de complementar os currículos de formação de professores com a disciplina Aspectos éticos - políticos - educacionais da normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 (Brasil, 1996), diz que os indivíduos com necessidades especiais deveriam ser atendidos pela rede pública e regular de ensino e os sistemas de ensino deveriam assegurar professores com especialização adequada para a integração desses alunos nas classes comuns. A Resolução CNE/CEB nº 2/2001 (Brasil, 2001), por sua vez, institui, em seu art. 1º, "as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, em todas as suas etapas e suas modalidades". E por último, a resolução CNE/ CP nº01/2002 (Brasil, 2002), que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de Ensino Superior devem prever em sua organização curricular que a formação docente seja voltada à diversidade e contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. Atualmente, existem alguns programas educacionais que são mais utilizados e conhecidos para a educação de crianças e adolescentes com autismo, principalmente em escolas de Educação Especial. Entre eles, destaca-se o Programa TEACCH - (Treatmentand Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children) e o Currículo Funcional Natural CFN. Mesmo com todo o aparato das Leis, resoluções e programas para a educação inclusiva, encontramos professores desesperados quando recebem um aluno com necessidades especiais em sua sala de aula. O autismo se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e comunicação, assim como pelo repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. Essas dificuldades fazem com que o aluno com autismo tenha certas limitações no processo de ensino-aprendizagem. Estas características podem levar a um isolamento contínuo da criança e sua família. Entretanto, acredita-se que a inclusão escolar pode proporcionar a essas crianças oportunidades de convivência com outras da mesma faixa etária, constituindo-se num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento da competência social (Camargo; Bosa; 2009). O presente trabalho verificou como ocorre o processo de ensino aprendizagem dos alunos com autismo em uma escola regular e teve como objetivo identificar as metodologias de ensino utilizadas e verificar em que aspectos essas metodologias auxiliam no processo de ensino-aprendizagem desses alunos. 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