Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O USO DA REALIDADE AUMENTADA: O ENSINO DE GEOGRAFIA ATRAVÉS DA INTERFACE TANGÍVEL

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Para que pudéssemos compreender a dinâmica da maquete e definir seu uso na Geografia, inicialmente, aprofundamo-nos nas pesquisas bibliográficas em referenciais que concernem ao ensino de Geografia, tecnologia educacional e realidade virtual aumentada. Pautamo-nos também na pesquisa participante de caráter qualitativo, com a reprodução da maquete pela professora pesquisadora, docente da Rede Estadual de Ensino do Paraná, para utilização pedagógica com seus alunos do ensino fundamental e médio (LETENSKI, 2017). A construção da maquete foi realizada com auxilio de um manual de instalação (KAWAMOTO, 2016), utilizando os seguintes equipamentos: um computador com placa gráfica dedicada e sistema operacional Linux; um sensor de profundidade (Kinect); um projetor de vídeo digital; uma caixa com areia, feita de madeira com as laterais de vidro; uma mesa com um suporte para acoplar os equipamentos. Os custos para a montagem da maquete foi realizado com recursos próprios da professora pesquisadora, motivada pela vontade de aprender a dominar novas tecnologias que pudessem auxiliá-la na mediação do conhecimento geográfico aos seus alunos de forma interativa. Por falta de espaço na escola, para fins de testes e inicio das pesquisas, a maquete SARndbox foi montada na casa da professora. A configuração da maquete foi realizada com apoio de profissionais especialistas em tecnologia. Durante todo o processo de instalação e configuração da maquete, o contato entre os alunos do ensino médio e bolsistas do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência se mantiveram próximos, permitindo a motivação para a adoção de novos procedimentos didáticos. A utilização do equipamento de forma experimental ocorreu então na casa da professora com cinco turmas de seus alunos do ensino médio. Para isso, dois alunos do ensino médio com conhecimento em tecnologia monitoraram o uso do equipamento, bolsistas do PIBID auxiliaram com a monitoria dos demais alunos, e a professora se encarregou da explicação do conteúdo geográfico trabalhado neste contexto, como curvas de nível e bacia hidrográfica. Numa segunda etapa a maquete foi apresentada em uma exposição no colégio para todas as turmas. Foi desafiadora a utilização ferramenta tecnológica SARndbox no processo de ensinar e de aprender, incentivando professores pesquisadores, licenciandos e alunos a descobrirem novas possibilidades, o que motivou e favoreceu a compreensão da hipsometria e do conceito de bacia hidrográfica. Porém, este equipamento exige investimento considerado de alto custo para escola pública, em aparatos tecnológicos e estrutura compatível, além disso, precisa de espaço adequado e monitoramento. Toda a estrutura do SARndbox deve estar alocada em um local fixo, de modo que não a manipulem incorretamente, uma vez que exige calibração, ajustando o programa SARndbox, o sensor de profundidade, o projetor de imagens e a caixa de areia. Depois de calibrado o equipamento é sensível à deslocamentos bruscos, a fim de evitar nova calibração. Há necessidade de manutenções periódicas, com relação à limpeza e assistência técnica, a fim de prezar pela durabilidade. Portanto, para continuidade das pesquisas, a maquete foi deslocada para a Universidade Estadual do Paraná, Unespar, campus de Campo Mourão. A utilização pelos alunos e professores será monitorada por um acadêmico de Iniciação Cientifica (PIBIC), por bolsistas do Programa Institucional de iniciação a Docência (PIBID), por estagiários e professores do Colegiado de Geografia. As primeiras avaliações em relação à utilização do SARndbox no Ensino de Geografia com alunos da educação básica mostraram que o mesmo possibilita a interação do aluno com o conhecimento de forma mais dinâmica e motivadora, permitindo a abstração de conceitos geográficos ligados a geomorfologia. No entanto, são necessários mais investimentos e incentivos para o desenvolvimento de pesquisas e testes na área de tecnologia educacional e principalmente para que sua utilização se efetive nas escolas. Palavras-chave: Ensino de Geografia, Realidade aumentada, SARndbox, relevo. Referências BRAGA, Mariluci. Realidade Virtual e Educação. Revista de Biologia e Ciências da Terra. Sergipe, ano 2001, v. 1, n. 1, p. 1-8. REIS, AlessandroVieirados e GONÇALVES, Berenice dos Santos. Interfaces Tangíveis: Conceituação e Avaliação. Estudos em Design. Revista (online). Rio de Janeiro: v. 24, n. 2, 2016, p. 92 . Disponível in Acesso 10/10/2018. KAWAMOTO, Andre Luiz Satoshiet et al. Manual de instalação, configuração e uso da caixa de areia de realidade aumentada (SARndbox). Departamento Acadêmico de Ciências da Computação e Departamento Acadêmico de Engenharia Ambiental. Universidade Tecnológica do Paraná - UTFPR: Campo Mourão/PR, 2016. LETENSKI, Rosimeire Cristina Gussão. SARndbox - O uso da caixa de areia de realidade aumentada no Ensino de Geografia. 8 f. Tese do Programa Estadual de Desenvolvimento da Educação - PDE, Paraná, 2017. SILVA, Diego A. da.et al. Interfaces Não-Convencionais Aplicadas na Educação:SARndbox (Sandbox Interativa de Realidade Aumentada). Disponível em: . Acesso em: abr. 2018."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Na Geografia Escolar é importante explorar metodologias diversificadas que possibilitem ao estudante a compreensão do contexto socioespacial no qual está inserido e suas relações com outros lugares, com o mundo. Nesse sentido, a tecnologia tem se tornado uma ferramenta benéfica ao aluno, desde que, com o uso orientado, mediado, direcionado para a aprendizagem. Entre as possibilidades do uso da tecnologia no ensino, abordaremos aqui o uso da interface tangível, caracterizada pelo manuseio de objetos físicos com especificidades digitais (REIS &GONÇALVES, 2016). Nessa perspectiva, esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de explorar as oportunidades pedagógicas do uso da maquete SARndbox - Augmented Reality Sandbox (SILVA, 2018), interface digital com sensor de profundidade para proporcionar interações mediante a realidade virtual aumentada, no estudo do relevo. A realidade virtual permite experiências com o conhecimento de forma imersiva e interativa (BRAGA, 2001). 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Os custos para a montagem da maquete foi realizado com recursos próprios da professora pesquisadora, motivada pela vontade de aprender a dominar novas tecnologias que pudessem auxiliá-la na mediação do conhecimento geográfico aos seus alunos de forma interativa. Por falta de espaço na escola, para fins de testes e inicio das pesquisas, a maquete SARndbox foi montada na casa da professora. A configuração da maquete foi realizada com apoio de profissionais especialistas em tecnologia. Durante todo o processo de instalação e configuração da maquete, o contato entre os alunos do ensino médio e bolsistas do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência se mantiveram próximos, permitindo a motivação para a adoção de novos procedimentos didáticos. A utilização do equipamento de forma experimental ocorreu então na casa da professora com cinco turmas de seus alunos do ensino médio. Para isso, dois alunos do ensino médio com conhecimento em tecnologia monitoraram o uso do equipamento, bolsistas do PIBID auxiliaram com a monitoria dos demais alunos, e a professora se encarregou da explicação do conteúdo geográfico trabalhado neste contexto, como curvas de nível e bacia hidrográfica. Numa segunda etapa a maquete foi apresentada em uma exposição no colégio para todas as turmas. Foi desafiadora a utilização ferramenta tecnológica SARndbox no processo de ensinar e de aprender, incentivando professores pesquisadores, licenciandos e alunos a descobrirem novas possibilidades, o que motivou e favoreceu a compreensão da hipsometria e do conceito de bacia hidrográfica. Porém, este equipamento exige investimento considerado de alto custo para escola pública, em aparatos tecnológicos e estrutura compatível, além disso, precisa de espaço adequado e monitoramento. 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