EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS PAUTADO NOS DIREITOS HUMANOS: UMA PROPOSTA PARA REDUZIR A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
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Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal no Nível Superior - CAPES Resumo Esta pesquisa está ancorada em um subprojeto do PIBID vinculado a Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. A pesquisa trata -se da análise dos relatos de oito alunos da escola Joaquim parente, neste cenário de conhecimentos "frágeis" a Educação em Direitos Humanos- EDH se apresenta como possibilidade de propor discussões sobre assuntos humanista essenciais ao contexto escolar. O presente estudo tem por objetivo apresentar reflexões sobre a importância de pensar em estratégias educacionais, pautadas nos direitos humanos como forma de minimizar à violência escolar por meio do diálogo balizado na ideia que conhecimento e a escola se constitui como espaço estratégico para a adoção dessa prática. Salienta-se que esta preocupação não deve ser exclusiva de nenhum professor ou de nenhuma área, mas sim deve perpassar todo o contexto da escola, logo salientamos que é possível construir práticas que levem a uma compreensão crítica dos Direitos Humanos, capaz de favorecer processos de democratização sem deixar de ensinar o conteúdo exigido no currículo vigente de toda e qualquer área, em especial desta, a Biologia. O trabalho destaca a importância de pensar a Educação através do Plano Nacional de Educação de Direitos Humanos, na qual se constitui como um instrumento para o desenvolvimento de ações educativas. Desse modo, visando um ensino orientado pelos princípios da educação em direitos humanos, foi proposto nesta investigação utilizar métodos aplicáveis no ensino da segunda série do Ensino Médio, a partir de pressupostos teóricos contidos em Gorczevski, Tauchen (2008) e Fernandes e Paludeto, (2010). A pesquisa foi realizada no ambiente escolar com os discentes e esperava-se ainda a participação do corpo docente, porém não quiseram se pronunciar sobre o assunto, justificando que preferiam primeiramente informações construídas pelos alunos para se pronunciarem uma outra oportunidade. Quanto a esse acontecido Oliveira e Queiroz (2013) tem como hipótese que falar de Direitos Humanos para professor de Ciência/Biologia torna-se um desafio, pois aparecem vários discursos de resistência que revela um cenário de impossibilidades, como exemplo: "Isso não é da minha área" ou "Preciso vencer o conteúdo". Vale dizer que está pesquisa não se esgota aqui, pois considerando o contexto sócio-histórico atual, discussões como esta precisam fazer parte das práticas frequentes de toda e qualquer escola. Dito isto, salientamos que o projeto de PIBID das bolsistas autoras desta pesquisa estará pautado nessa perspectiva como forma de contribuir com a escola a qual estarão vinculadas. Para construção das informações foi apresentado um questionário investigativo de perguntas na roda de conversa, cuja as repostas foram gravadas, mediante autorização dos sujeitos envolvidos, Foi possível observar que a maioria dos entrevistados não sabiam responder, por exemplo "o que você entende sobre direitos humanos?" E seus conhecimentos sobre o termo violência estava mais atrelado a agressões físicas, isolando assim a psicológica, que segundo a pesquisa foi a mais comum no âmbito escolar, observou -se ainda, o interesse destes sobre o assunto, pois durante o debate todos queriam participar com suas diversas opiniões, onde uns sustentam estereótipos, outros relatavam experiência da violência física, citaram exemplos das punições tomadas pela coordenação. O estudo foi muito proveitoso, diante daquele contexto de conhecimentos ainda em formação, muito preconceito e informações equivocadas. Assim, fez-se necessário alguns esclarecimentos pelos pibidianos sobre o tema em questão. Informaram que todas as pessoas possuem direitos fundamentais que são inerentes ao ser humano e a falta de conhecimento destes, provocam abusos como discriminação, intolerância, injustiça, opressão física, psicológica, destacou-se ainda os valores necessários à dignidade humana buscando fortalecer atitudes, condutas, e comportamentos dos discentes orientados para o respeito. Os dados foram analisados de acordo com a Análise de Conteúdo com base em Bardin (2011). Contudo, o estudo revela que a partir dos, conflitos entre violências e garantia/conhecimento dos direitos na escola, por meio da expressiva prática do diálogo na direção de contribuir para que a escola seja a cada dia um espaço de conhecimento, debate, defesa e realização dos direitos humanos, planejando ações, estratégicas para o fortalecimento da proteção e garantia dos DH mediante a educação tracejada pela escola em debate. Palavras-chave: Direitos Humanos, Diálogo, Ações Educativas, Escola Referências BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011. FERNANDES, A. V. M; PALUDETO, M. C. Educação e direitos humanos: desafios para a escola contemporânea. Cad. Cedes, Campinas, vol. 30, n. 81, p. 233-249, mai.-ago. 2010. GORCZEVSKI, C; TAUCHEN, G. Educação em Direitos Humanos: para uma cultura da paz. Educação, Porto Alegre, v.31, n.1, jan/abr. 2008. OLIVEIRA, R. D. V. L.; QUEIROZ, G. R. P. C. Educação em Ciências e Direitos Humanos: reflexão-ação em/para uma sociedade plural. Rio de Janeiro, Multifoco, 2013, 97p. 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