Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA NO CURSO DE LETRAS/LIBRAS DA UFRN: NOVOS CONTEXTOS FORMATIVOS

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Essas reflexões levaram o curso de Letras/Libras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN a propor um projeto para que seus alunos participassem do Programa de Residência Pedagógica (RP), ação do Governo Federal que integra a Política Nacional de Formação de Professores. Dessa forma, o presente artigo tem por objetivo discutir como foi concebido e concretizado a aproximação entre Universidade e Escola na formação inicial de professores na RP, subprojeto Letras/Língua Portuguesa, núcleo Letras/Libras, da UFRN, enquanto política pública que contempla a inclusão na formação inicial docente, elucidando perspectivas didáticas nessa formação e discutindo subsídios para o futuro professor da educação básica, na área de Libras e LP como L2 para surdos, repensar sua prática compreendendo os múltiplos aspectos relacionados ao ato de aprender e de ensinar nas interações que ocorrem na sala de aula no contexto das diferenças. Partindo da hipótese de que o aprendizado do aluno surdo deve ocorrer em um contexto bilíngue que reconheça a língua de sinais como primeira língua, faz-se necessário que professores da sala de aula comum planejem em parceria com intérpretes de Libras e com professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE). A Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) do Governo Federal instituiu a instalação de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) nas escolas de educação básica para que alunos considerados público-alvo da educação especial, entre eles os surdos, tivessem acompanhamento especializado. No caso do aluno surdo, o AEE subdivide-se em três momentos didático-pedagógicos: AEE de Libras, AEE em Libras e AEE para o ensino da LP como L2 para surdos (Damázio, 2007). Dessa forma, o ensino de LP para os surdos acontece em dois contextos: em situação inclusiva, na sala de aula comum; e no AEE, na SRM. De caráter qualitativo, adotando a modalidade descritiva-interpretativa, trata-se de uma discussão teórico-prática reflexiva fundamentada em um estudo de caso. É de acordo que, o referido programa enseja um momento fértil para fortalecer e inovar a ação formadora dos estudantes, futuros professores, licenciandos do curso de Letras/Libras, em atuação nas escolas de educação básica, podendo vir a propiciar a criação de espaços educacionais para implementação de ações criativas e dinâmicas, contribuindo para a melhoria do aprendizado de LP pelos alunos surdos, além de proporcionar experiências que levarão a situações concretas de ensino e aprendizagem no "chão da escola". A RP, também, representa momentos de formação continuada efetivamente positiva para o professor preceptor da educação básica. Após contato com o edital proposto pelo Governo Federal, que, diretamente, não contemplava os cursos de licenciatura de Letras/Libras, um grupo de professores, da UFRN, responsáveis pelas disciplinas de estágio desses cursos passaram a discutir maneiras viáveis e legais da participação de todos os cursos de licenciatura da Universidade. Viu-se a possibilidade de o curso de Letras/Libras participar do programa com a formação de um núcleo dentro do subprojeto de Letras/Língua Portuguesa. Foi construído, colaborativamente entre os professores da área, um subprojeto com os objetivos de potencializar a formação inicial de professores de Letras/Língua Portuguesa e de Letras/Língua Portuguesa como L2 para surdos, por meio de ações, experiências metodológicas e práticas inovadoras que ressignifiquem o ensino de língua materna no ensino fundamental II e no ensino médio; reconhecer os objetivos de ensino de LP como L2 para surdos no que diz respeito a um ensino significativo e produtivo de leitura, escrita e análise linguística, com a participação dos bolsistas em atividades de planejamento, elaboração, socialização e análise de material didático que redimensionem o ensino de língua materna e da LP como L2 para surdos, refletindo criticamente sobre o processo de ensino e aprendizagem de LP de acordo com os novos paradigmas para que ocorra esse ensino. As ações têm o intuito de promover uma educação bilíngue e bicultural, de modo a formar cidadãos surdos competentes e integrados, tanto na comunidade surda, como na ouvinte. Vale ressaltar que, o núcleo de Letras/Libras do subprojeto de LP da UFRN irá atuar em duas escolas, sendo uma municipal e outra estadual, as professoras preceptoras são do AEE, e conta com 20 estudantes licenciando (16 bolsistas e 4 voluntários), sendo quatro licenciando surdos. As ações didático-pedagógicas serão planejadas para ocorrerem em situação inclusiva e em situação do AEE. Toda essa discussão tem demonstrado como a articulação de teorias, métodos, assim como a parceria com professor do AEE caracterizam os aspectos didáticos que envolvem o trabalho desenvolvido com o aluno surdo na sala de aula comum e toda a dinâmica escolar, o que pode vir a contribuir para a qualidade do ensino e consequentemente para a aprendizagem desse alunado. Referências BRASIL. Decreto 6.571/08 de 17 de setembro de 2008. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

O ensino de Língua Portuguesa (LP) é um dos maiores desafios que se apresentam na educação de surdos, tanto pelas questões didático-pedagógicas, quanto pela ausência de uma política Lingüística e Cultura para a pessoa surda. Pesquisas (Quadros e Schmiedt; 2006; Di Donato, 2008; Lacerda e Lodi, 2009; Pereira, 2011, 2014) apontam propostas bilíngues, com abordagem interacionista, para o processo de elaboração da escrita da LP como uma segunda língua para surdos, reconhecendo a língua de sinais (no caso do Brasil a língua de sinais brasileira, Libras) como L1 (primeira língua), levando-se em consideração situações de comunicação significativas e contextualizadas, além da competência comunicativa, da variação linguística com a exposição aos aspectos pragmáticos, sociolinguísticos e culturais da LP como L2 (segunda língua) para surdos, da consideração do erro do estudante como parte do percurso da aprendizagem e do uso de diversos gêneros textuais. Essas reflexões levaram o curso de Letras/Libras da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN a propor um projeto para que seus alunos participassem do Programa de Residência Pedagógica (RP), ação do Governo Federal que integra a Política Nacional de Formação de Professores. Dessa forma, o presente artigo tem por objetivo discutir como foi concebido e concretizado a aproximação entre Universidade e Escola na formação inicial de professores na RP, subprojeto Letras/Língua Portuguesa, núcleo Letras/Libras, da UFRN, enquanto política pública que contempla a inclusão na formação inicial docente, elucidando perspectivas didáticas nessa formação e discutindo subsídios para o futuro professor da educação básica, na área de Libras e LP como L2 para surdos, repensar sua prática compreendendo os múltiplos aspectos relacionados ao ato de aprender e de ensinar nas interações que ocorrem na sala de aula no contexto das diferenças. Partindo da hipótese de que o aprendizado do aluno surdo deve ocorrer em um contexto bilíngue que reconheça a língua de sinais como primeira língua, faz-se necessário que professores da sala de aula comum planejem em parceria com intérpretes de Libras e com professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE). A Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008) do Governo Federal instituiu a instalação de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) nas escolas de educação básica para que alunos considerados público-alvo da educação especial, entre eles os surdos, tivessem acompanhamento especializado. No caso do aluno surdo, o AEE subdivide-se em três momentos didático-pedagógicos: AEE de Libras, AEE em Libras e AEE para o ensino da LP como L2 para surdos (Damázio, 2007). Dessa forma, o ensino de LP para os surdos acontece em dois contextos: em situação inclusiva, na sala de aula comum; e no AEE, na SRM. 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