Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

KOMBO NA NGAÏ MERSENE : ABORDANDO MIGRAÇÕES ATRAVÉS DA LITERATURA INFANTIL NOS ANOS INICIAIS

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Todavia, muitas vezes esse processo fica limitado ao controle de técnicas de escrita e leitura, mas a alfabetização vai muito além deste processo. É uma fase que se aprende a ter uma leitura do mundo e seus elementos, bem como compreender seu papel na sociedade. Segundo Martins (2015), a compreensão de que a alfabetização é um processo amplo e permanente contribui para o desenvolvimento de práticas comprometidas com a dimensão política e social da aprendizagem na formação de sujeitos autônomos. A geografia se faz imprescindível para a formação da cidadania, trazer o conhecimento geográfico de modo que vá além de decifrar mapas e representações, contribui para que a criança estabeleça a sua relevância no mundo bem como sua importância na sociedade. Sendo assim, segundo Callai (2005) é preciso buscar caminhos para se ensinar Geografia nos anos iniciais, e essa busca deve estar centrada no pressuposto básico de que, para além da leitura da palavra, é fundamental que a criança consiga fazer a leitura do mundo. Dentro das muitas possibilidades didáticas encontramos a literatura infantil. Com a literatura infantil as crianças despertam o mundo imaginário e a fantasia. E é também através deste meio que se faz o estimulo do gosto à leitura, bem como se trabalha o desenvolvimento da oralidade e do lúdico. Através do mundo da imaginação, a literatura pode trabalhar de maneira leve e lúdica conceitos densos, tornando mais atrativos e divertidos para o mundo das crianças, proporcionando um processo de ensino aprendizado leve e eficaz. A literatura infantil é também uma excelente ferramenta de trabalho multidisciplinar, quando se conta uma história para uma criança, se cria um ambiente mágico aonde se vivenciam experiências. A partir das questões levantadas, objetivamos com este artigo, trabalhar o tema refugiados através da história de Mersene[1], com uma turma dos anos iniciais do ensino fundamental. Nesta literatura infantil, encontramos a história de uma menina refugiada congolesa, que fugindo do triste conflito vivenciado na República Democrática do Congo, buscou o Brasil como refúgio. Enquanto tenta se adaptar à nova rotina em seu novo lar, a menina cria uma brincadeira para compensar a saudade de seu pai, que não conseguiu deixar o país com o resto da família. A partir desta narrativa, surge a temática principal, que são os refugiados. O termo refugiados vem fazendo parte da bagagem de cada vez mais pessoas. São mais de 22 milhões de pessoas que saem de seus países fugindo de guerras e perseguições. Refugiados são migrantes forçados que segundo Fraga, Michielin e Chaves (2017, p.04), fogem de seus países por situação de violência, perseguição, conflitos internos ou outras situações que violem os direitos humanos, em busca de proteção. No Brasil, em 2017 entrou em vigor a nova lei de migração brasileira, a mesma traz fundamentos para permanência destas pessoas no país, garantindo condições de igualdade, direito a vida, liberdade, segurança, propriedade, saúde e educação. Sendo assim, torna-se pertinente o debate acerca do tema refugiados em sala de aula, visto que a temática faz parte do cotidiano das crianças. O livro "A menina que abraça o vento: a história de uma refugiada congolesa" de Fernanda Paraguassu, é uma ferramenta com enorme potencial para trabalhar o referido tema. O livro publicado pela editora Vooinho no ano de 2017, segundo Paraguassu, é uma obra de ficção inspirada na história de meninas da República Democrática do Congo refugiadas na cidade do Rio de Janeiro. A personagem principal foi criada para representar todas elas. Neste trabalho, A proposta do projeto segue algumas etapas: a primeira será a de propor uma roda de leitura, na qual faremos uso do livro, seguido de uma proposta de atividade lúdica com escuta de relatos e intervenções através de desenhos realizados pelos/as estudantes. Acreditamos que através da literatura infantil, a criança viaja pela imaginação para mundos encantados, para culturas diversas e vive muitas experiências. Possibilita sensibilizar as crianças, neste caso para um tema que está inserido no cotidiano de todos, e mobiliza aspectos internos do desenvolvimento pessoal e a formação integral como: o caráter, o o respeito, o raciocínio, a criatividade e o senso crítico. Referências CALLAI, H. ; Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Caderno CEDES, Campinas, n.66, 2005. FRAGA, A.; MICHELIN, C.A.; CHAVES, A.P.N.; Imagens da cidade: um estudo das espacialidades de refugiados em Florianópolis. Florianópolis, 2017. MARTINS, R.E.M.W.; O uso da literatura infantil no ensino de geografia nos anos iniciais - Revista Geo UERJ, n.27, p.64-79. Rio de Janeiro, 2015. PARAGUASSU, F.; A menina que abraça o vento - a história de uma refugiada congolesa. Ilustrado por: Suryara Bernardi. Curitiba: Vooinho, 2017. 40 p:il. Color. [1] Personagem principal do livro "A menina que abraça o vento - a história de uma refugiada congolesa"."
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Todavia, muitas vezes esse processo fica limitado ao controle de técnicas de escrita e leitura, mas a alfabetização vai muito além deste processo. É uma fase que se aprende a ter uma leitura do mundo e seus elementos, bem como compreender seu papel na sociedade. Segundo Martins (2015), a compreensão de que a alfabetização é um processo amplo e permanente contribui para o desenvolvimento de práticas comprometidas com a dimensão política e social da aprendizagem na formação de sujeitos autônomos. A geografia se faz imprescindível para a formação da cidadania, trazer o conhecimento geográfico de modo que vá além de decifrar mapas e representações, contribui para que a criança estabeleça a sua relevância no mundo bem como sua importância na sociedade. Sendo assim, segundo Callai (2005) é preciso buscar caminhos para se ensinar Geografia nos anos iniciais, e essa busca deve estar centrada no pressuposto básico de que, para além da leitura da palavra, é fundamental que a criança consiga fazer a leitura do mundo. Dentro das muitas possibilidades didáticas encontramos a literatura infantil. Com a literatura infantil as crianças despertam o mundo imaginário e a fantasia. E é também através deste meio que se faz o estimulo do gosto à leitura, bem como se trabalha o desenvolvimento da oralidade e do lúdico. Através do mundo da imaginação, a literatura pode trabalhar de maneira leve e lúdica conceitos densos, tornando mais atrativos e divertidos para o mundo das crianças, proporcionando um processo de ensino aprendizado leve e eficaz. A literatura infantil é também uma excelente ferramenta de trabalho multidisciplinar, quando se conta uma história para uma criança, se cria um ambiente mágico aonde se vivenciam experiências. 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Refugiados são migrantes forçados que segundo Fraga, Michielin e Chaves (2017, p.04), fogem de seus países por situação de violência, perseguição, conflitos internos ou outras situações que violem os direitos humanos, em busca de proteção. No Brasil, em 2017 entrou em vigor a nova lei de migração brasileira, a mesma traz fundamentos para permanência destas pessoas no país, garantindo condições de igualdade, direito a vida, liberdade, segurança, propriedade, saúde e educação. Sendo assim, torna-se pertinente o debate acerca do tema refugiados em sala de aula, visto que a temática faz parte do cotidiano das crianças. O livro "A menina que abraça o vento: a história de uma refugiada congolesa" de Fernanda Paraguassu, é uma ferramenta com enorme potencial para trabalhar o referido tema. O livro publicado pela editora Vooinho no ano de 2017, segundo Paraguassu, é uma obra de ficção inspirada na história de meninas da República Democrática do Congo refugiadas na cidade do Rio de Janeiro. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

As mudanças que vem ocorrendo na sociedade atual fazem com que possamos repensar a estrutura das sociedades e a forma com que estamos enfrentando e resistindo a essas. Diante disso, refletimos sobre o atual papel da escola no processo de ensino e formação dos estudantes. Hoje, nessas instituições, enfaticamente as públicas, encontramos escolas muitas vezes sucateadas, com professores sobrecarregados e que, por vezes e por diversos fatores, ainda utilizam a maneira tradicional de ensinar e educar. Em contrapartida, encontramos crianças que, ao iniciarem sua trajetória escolar, trazem consigo ideias originais e claras sobre o mundo contemporâneo. Sendo nós, professores e mediadores dos processos de ensino e aprendizagem, devemos buscar recursos que transformem a realidade da escola e contribuam para a qualidade de ensino dos estudantes. Nos anos iniciais, quando a criança vivência o seu primeiro contato com a escola, cabe a esta mediar o seu processo de alfabetização. Todavia, muitas vezes esse processo fica limitado ao controle de técnicas de escrita e leitura, mas a alfabetização vai muito além deste processo. É uma fase que se aprende a ter uma leitura do mundo e seus elementos, bem como compreender seu papel na sociedade. Segundo Martins (2015), a compreensão de que a alfabetização é um processo amplo e permanente contribui para o desenvolvimento de práticas comprometidas com a dimensão política e social da aprendizagem na formação de sujeitos autônomos. A geografia se faz imprescindível para a formação da cidadania, trazer o conhecimento geográfico de modo que vá além de decifrar mapas e representações, contribui para que a criança estabeleça a sua relevância no mundo bem como sua importância na sociedade. Sendo assim, segundo Callai (2005) é preciso buscar caminhos para se ensinar Geografia nos anos iniciais, e essa busca deve estar centrada no pressuposto básico de que, para além da leitura da palavra, é fundamental que a criança consiga fazer a leitura do mundo. Dentro das muitas possibilidades didáticas encontramos a literatura infantil. Com a literatura infantil as crianças despertam o mundo imaginário e a fantasia. E é também através deste meio que se faz o estimulo do gosto à leitura, bem como se trabalha o desenvolvimento da oralidade e do lúdico. Através do mundo da imaginação, a literatura pode trabalhar de maneira leve e lúdica conceitos densos, tornando mais atrativos e divertidos para o mundo das crianças, proporcionando um processo de ensino aprendizado leve e eficaz. A literatura infantil é também uma excelente ferramenta de trabalho multidisciplinar, quando se conta uma história para uma criança, se cria um ambiente mágico aonde se vivenciam experiências. A partir das questões levantadas, objetivamos com este artigo, trabalhar o tema refugiados através da história de Mersene[1], com uma turma dos anos iniciais do ensino fundamental. Nesta literatura infantil, encontramos a história de uma menina refugiada congolesa, que fugindo do triste conflito vivenciado na República Democrática do Congo, buscou o Brasil como refúgio. Enquanto tenta se adaptar à nova rotina em seu novo lar, a menina cria uma brincadeira para compensar a saudade de seu pai, que não conseguiu deixar o país com o resto da família. A partir desta narrativa, surge a temática principal, que são os refugiados. O termo refugiados vem fazendo parte da bagagem de cada vez mais pessoas. São mais de 22 milhões de pessoas que saem de seus países fugindo de guerras e perseguições. Refugiados são migrantes forçados que segundo Fraga, Michielin e Chaves (2017, p.04), fogem de seus países por situação de violência, perseguição, conflitos internos ou outras situações que violem os direitos humanos, em busca de proteção. No Brasil, em 2017 entrou em vigor a nova lei de migração brasileira, a mesma traz fundamentos para permanência destas pessoas no país, garantindo condições de igualdade, direito a vida, liberdade, segurança, propriedade, saúde e educação. Sendo assim, torna-se pertinente o debate acerca do tema refugiados em sala de aula, visto que a temática faz parte do cotidiano das crianças. O livro "A menina que abraça o vento: a história de uma refugiada congolesa" de Fernanda Paraguassu, é uma ferramenta com enorme potencial para trabalhar o referido tema. O livro publicado pela editora Vooinho no ano de 2017, segundo Paraguassu, é uma obra de ficção inspirada na história de meninas da República Democrática do Congo refugiadas na cidade do Rio de Janeiro. 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FRAGA, A.; MICHELIN, C.A.; CHAVES, A.P.N.; Imagens da cidade: um estudo das espacialidades de refugiados em Florianópolis. Florianópolis, 2017. MARTINS, R.E.M.W.; O uso da literatura infantil no ensino de geografia nos anos iniciais - Revista Geo UERJ, n.27, p.64-79. Rio de Janeiro, 2015. PARAGUASSU, F.; A menina que abraça o vento - a história de uma refugiada congolesa. Ilustrado por: Suryara Bernardi. Curitiba: Vooinho, 2017. 40 p:il. Color. [1] Personagem principal do livro "A menina que abraça o vento - a história de uma refugiada congolesa".

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