A GEOGRAFIA E O NOVO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE CURRICULAR
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A Reforma do Ensino Médio trouxe profundas mudanças para as disciplinas da área de Ciências Humanas, como a Geografia, História, Filosofia e Sociologia, considerando que as mesmas não irão mais constituir como componente curricular obrigatório, estas encontram-se reunidas na BNCC dentro da área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, desconsiderando totalmente as especificidades que estas disciplinas possuem, conforme ressaltado por SIMÕES (2017) isso contribui ainda mais para desvalorização dessas ciências. As implicações da Reforma do Ensino Médio e a composição da nova base curricular para a Geografia vem sendo intensamente debatida e analisada por diversos autores, destacamos MOTTA e FRIGOTTO (2017) que traz uma reflexão critica acerca dos motivos para uma urgência em uma reforma do Ensino Médio, e suas implicações para a disciplina de Geografia, assim como PIRES (2017) averigua o estabelecimento da BNCC e as mudanças no Ensino Médio. Para a elaboração foram necessários inicialmente realizar o levantamento bibliográfico a fim de construir a abordagem teórica-conceitual em relação a Geografia enquanto componente curricular na Educação Básica, e a busca de autores que fizeram uma análise crítica em relação a Reforma do Ensino Médio e da BNCC. Posteriormente, foi realizada uma análise comparativa entre as Orientações Curriculares para o Ensino Médio de 2006 e a reforma curricular que consta na BNCC para o Ensino Médio, sistematizando as principais informações, como uma forma de identificar as principais alterações e implicações para a geografia escolar nesta etapa final do ensino básico. O estudo dos dois documentos revelam a priori que é difícil realizar, sob a perspectiva da Geografia, uma comparação significativa entre ambos, uma vez que o novo documento desconsidera a geografia escolar enquanto componente curricular obrigatório e área de saber com suas especificidades, linguagens, códigos, etc. Enquanto no primeiro percebe-se uma subdivisão clara sobre as quatro disciplinas (Geografia, História, Sociologia e Filosofia) na Área de Conhecimento das Ciências Humanas e suas Tecnologias, garantindo a cada uma destas ciências práticas particulares e a sua devida atenção como componente único. Os conceitos básicos da Geografia - espaço e tempo, sociedade, lugar, paisagem, região, território - que aparecem explicitamente nas Orientações Curriculares junto com suas devidas "articulações", reforçando as "competências e habilidades" da ciência geográfica, demostram uma elaboração de documento minimamente atento e relacionado com a geografia escolar satisfatória. 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Este trabalho tem como objetivo destrinchar a atual reforma do ensino médio, a fim de compreender em que consiste a lógica que ampara tal ação por parte do Estado, tendo em vista a desvalorização do papel das Ciências Humanas e de seu potencial pedagógico enquanto ferramenta de formação e transformação de sujeitos na contemporaneidade, além de pôr em xeque o seu lugar de relevância no processo de escolarização. Tais medidas, ao desconsiderarem o papel da Geografia na formação humana e educacional, ao longo dos processos de sua implementação, representam uma ameaça à ciência geográfica e ao ofício da docência nesta área. Entretanto, não basta constatar que tais medidas representam uma ameaça, é preciso entender e esmiuçar como esta atingirá tanto a comunidade docente como a discente das escolas de nível médio, tentando entender assim os verdadeiros impactos da reforma. 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