GESTÃO ESCOLAR E SEUS OLHARES SOBRE O PIBID-UNICAMP
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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) foi criado em 2007 e tem como objetivos, entre outros, o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica, sendo que as propostas de trabalho do programa visam à inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas sob orientação de um professor da universidade e supervisão de um profissional da escola (BRASIL, 2018). As pesquisas referentes ao programa têm centrado sua atenção, especialmente, nos estudantes bolsistas de iniciação à docência (bolsistas ID) e nos professores supervisores (GATTI et al., 2014; CASTELA e BREDA, 2014). Considerando, contudo, que o papel do gestor é extremamente relevante para o sucesso das ações dos bolsistas ID na escola, buscamos investigar os olhares da equipe gestora a respeito do Pibid-Unicamp. 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No que concerne aos resultados obtidos, destacamos inicialmente que todas afirmam conhecer o programa, embora em alguns momentos demonstrem dúvidas sobre até onde os bolsistas podem atuar, "até onde eles podem ir", o que nos leva a pensar a respeito dos limites e possibilidades de atuação dos bolsistas ID nas escolas. A forma de gestão em relação ao controle da presença dos bolsistas ID na escola varia entre assinatura de livro ponto pelos bolsistas ID e controle feito pelos próprios professores supervisores. Também o acompanhamento das atividades não segue um mesmo modelo, variando de uma escola para outra. Algumas estão mais próximas ao programa e outras acompanham especialmente por meio dos eventos organizados pelos participantes do Pibid. Sobre a relação entre os bolsistas ID e os professores supervisores, as gestoras afirmam que eles são bem recebidos, que os professores procuram acolher as propostas e colaboram para o sucesso do programa.Todas percebem o Pibid como relevante na formação dos futuros professores, sendo que o principal ponto mencionado foi o chamado "choque de realidade", tal como apresenta Garcia (2009). Ressaltaram que os estudantes, ao se aproximarem da escola, assustam-se com sua complexidade e o programa tem ajudado a que os bolsistas ID conheçam a escola durante a formação e não apenas ao ingressarem na carreira docente. Enfatizaram, igualmente, a relevância da aproximação entre a universidade e a escola (GABARDO e HAGEMEYER, 2010), afirmando que os bolsistas trazem novas propostas, atualizadas, que os alunos da escola e também os professores supervisores acabam se beneficiando dessa interlocução. Houve destaque para o fato dos bolsistas ID estarem muito próximos da idade dos alunos, principalmente do ensino médio, e isso tem incentivado os alunos da escola a darem seguimento dos estudos no nível superior, aumentando o interesse pela participação no ENEM e mesmo em exames vestibulares. Destacam, por outro lado, a importância da continuidade do Pibid, assim como sua ampliação, justamente num momentos em que o programa corria o risco de ser encerrado. A partir dos resultados obtidos nesta investigação, sublinhamos a relevância da gestão em ações que objetivem o aperfeiçoamento da formação docente, não apenas no que diz respeito à garantia da estrutura, mas, principalmente, no apoio, na criação de um contexto acolhedor para o estudante em formação, em conformidade ao proposto por Almeida e Placco (2014). 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GABARDO, Cleusa Valério e HAGEMEYER, Regina Cely C. Formação docente continuada na relação universidade e escola: construção de referências para uma análise a partir da experiência do PDE/PR. In Educar, Curitiba, n. 37, p. 93-112, maio/ago. 2010. Editora UFPR GARCIA, Carlos Marcelo. Desenvolvimento Profissional: passado e futuro. Sísifo - Revista das Ciências da Educação, n. 08, p. 7-22, jan./abr. 2009. GATTI, Bernardete, ANDRÉ, Marli E.D.A., GIMENES, Nelson, A.S. e FERRAGUT, Laurizete. Um estudo avaliativo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). In - São Paulo: FCC/SEP, 2014. GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 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