A Alergia a Proteína do Leite de Vaca é a alergia alimentar mais comum entre crianças
menores de 3 anos. A APLV pode se desenvolver em crianças exclusivamente e parcialmente
amamentadas, e quando a proteína do leite de vaca é introduzido na alimentação, porem sabe-se que o
aleitamento materno exclusivo tem um papel fundamental na prevenção dessa condição, uma vez que
ele auxilia no desenvolvimento do sistema imunológico, dentre suas inúmeras vantagens para o
lactente. O estudo tem como objetivo avaliar o crescimento pondo-estatural de crianças
diagnosticadas com APLV e relacionar o tempo de AME com a adequação do crescimento dessas
crianças. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e com abordagem quantitativa, realizado no
Hospital Infantil Albert Sabin em Fortaleza-CE. A amostra totalizou 44 crianças com idade entre 0 a 2
anos e diagnosticadas com alergia a proteína do leite de vaca. O cresimento pondo-estatural das
crianças foi avaliado através dos parâmetros estatura para idade, peso para idade, peso para estatura e
IMC para idade e sendo comparados ao percentis e escore -Z segundo a classificação para crianças de
0 a 5 anos da Organização Mundial de Saúde - OMS (2006). O diagnóstico nutricional foi feito pelo
Escore -Z, segundo a classificação para crianças da OMS (2006). O tempo médio de aleitamento
materno exclusivo nas crianças com baixo peso e muito baixo peso para idade foi de (2,07±0,00), peso
adequado para idade (2,39±2,41) e peso elevado para idade (4,00±2,83). As crianças que apresentaram
baixa estatura e muito baixa estatura para idade, apresentaram tempo médio de aleitamento materno
exclusivo de (1,60±0,00) e de estatura adequada para idade (2,65±2,44). Conclui-se que as crianças
com peso e estatura para idade abaixo do padrão tiveram menor tempo de aleitamento materno
exclusivo comparado com as crianças eutróficas.