A adolescência é uma fase de mudanças e de grande vulnerabilidade pessoal, diante dessa condição muitos adolescentes não sabem lidar com seus problemas, anseios e conflitos. Frustrados com a situação não solucionada logo acabam internalizando seus sentimentos, causando um adoecimento físico e mental. Como tentativa de eliminação do sofrimento e apelo por compreensão, muitos buscam a automutilação como respostas de alívio e de exteriorização de algo que não se consegue dizer. Nesse contesto a automutilação é definida como qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo sem a intenção consciente de suicídio. O relato transfigura-se importante, pois busca compreender a automutilação e os mecanismos de sofrimento e adaptação entre os adolescentes, tornando-se relevante discutir a automutilação com a finalidade de reduzir a ocorrência de novos casos, e contribuir na observação das alterações dos comportamentos. O estudo objetivou relatar experiências vividas pelos acadêmicos de enfermagem através de uma atividade de educação em saúde para adolescentes sobre automutilação executado em uma escola pública. Realizou-se um estudo descritivo qualitativo, do tipo relato de experiência, elaborada em uma escola do município de Fortaleza- Ce, pelos acadêmicos de uma faculdade privada de Fortaleza (Ce), durante o campo de estágio curricular supervisionado, no período de 14/04 a 24/04 de 2017. Foi desenvolvida uma palestra no auditório da escola fracionada em três momentos distintos. No primeiro momento foi realizada uma dinâmica de quebra gelo, no segundo momento o desenvolvimento e discussão da palestra em forma de slides, e no terceiro momento foi aplicada a dinâmica de feedback. Essa atividade evidencia que é inerente discutir sobre a automutilação entre os adolescentes, seja na escola ou no âmbito domiciliar, pelos pais, familiares ou profissionais de saúde. Dessa forma contribuiremos para a redução de novos casos.