Com a implantação do modelo de produção industrial que modificou as bases da agricultura por meio da adoção do pacote tecnológico, a agricultura familiar tem sido constantemente pressionada a seguir o modelo positivista de desenvolvimento onde o uso de agrotóxicos é feito de maneira indiscriminada. E a natureza, neste enfoque tem dado indícios, do quanto as ações da sociedade geraram implicações consideráveis nas bases do equilíbrio do ecossistema, onde o uso de agrotóxicos tem contaminado os recursos naturais e reduzido consideravelmente a diversidade natural, evidenciando o caráter nocivo dos agrotóxicos ao meio ambiente. Assim nesse artigo, buscamos refletir sobre a percepção de 5 agricultores familiares em relação ao uso de agrotóxicos e seus impactos no meio ambiente. A pesquisa é de base qualitativa, onde a obtenção dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturada e foi realizada na comunidade Umari, situada a 12 km de Pacajus no estado do Ceará. Como resultado, compreendemos que os agricultores familiares entrevistados possuem uma percepção ainda superficial sobre os riscos dos agrotóxicos no meio ambiente, mesmo com as ações sociais e aulas práticas da Universidade interiorana Unilab realizadas na comunidade, por isso preferem continuar utilizando os agrotóxicos, por acharem os métodos de controle de pragas com elementos naturais difíceis de fazer e por não os considerarem eficientes. Deste modo entendemos que mais informações são necessárias, além de demonstrações práticas sobre alternativas de controle de pragas, que visem a preservação do meio ambiente. Tornando-se uma ferramenta crucial para despertar nos agricultores maior sensibilização sobre os riscos dos agrotóxicos ao meio ambiente e para a sociedade.