O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou em 2015 que 6,2% da população brasileira possui algum tipo de deficiência e destes 3,6% são deficientes visuais. A expressão ‘deficiência visual’ se refere ao espectro que vai da cegueira até a visão subnormal. Este estudo de caso tem como objetivo analisar e discutir a eficiência do processo de ensino-aprendizagem de um discente portador de deficiência visual quando submetido ao estudo de conteúdos específicos de química do ensino médio, como exatidão e precisão. Foi realizado em uma instituição de ensino técnico onde existe a atuação de discentes com deficiência visual inclusos em salas regulares de ensino. O processo de ensino aprendizagem consistiu em executar uma aula com materiais auxiliadores que permitem a inclusão parcial destes alunos na turma. Para isso foi criado um material didático simples e alternativo elaborado utilizando folha de papel A4, espuma de EVA (acetato-vinilo de etileno) e tinta 3D. Assim formando uma espécie de “alvo” em alto relevo com pequenos pingos de tinta 3D, em variadas disposições, sendo sempre 3 pontos em consideração. Os resultados demonstraram a eficácia da atividade lúdica experimental, uma vez que propiciou o conhecimento igualitário de um conteúdo especifico da química para o deficiente visual incluído em turma comum de ensino. A compreensão se deu de forma satisfatória, sendo comprovada pelo questionamento dialogado com o aluno em análise e toda a turma. A escola é o primeiro e fundamental espaço da manifestação da diversidade, decorre dela a necessidade de repensar e defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos.