A educação inclusiva foi fomentada no Brasil a partir da Lei de Diretrizes e Bases n° 9.394/962, na qual se afirma que: “[...] todas as crianças devem ser acolhidas pela escola, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais.” Desta forma, a inclusão dos alunos com necessidades especiais no ensino relaciona-se a ações que possibilitem a integração social, onde a escola deve oferecer qualidade no serviço para todos. A deficiência visual engloba pessoas portadoras de cegueira total, de visão subnormal e de baixa visão. Durante o processo de ensino formal ao deficiente visual, é necessário incentivar o aluno ao comportamento exploratório, à observação e à experimentação para que ele possa ter uma percepção mais ampla do que acontece a sua volta. Eles precisam manipular e explorar os objetos para conhecer suas características, fazer uma análise detalhada das partes e tirar suas próprias conclusões, a partir de métodos sensoriais onde são utilizados relevos, texturas, dentre outros materiais. Portanto, este artigo tem o intuito de apresentar a metodologia e a estratégia de ensino utilizado na disciplina de desenho técnico para uma aluna portadora de cegueira total do curso técnico integrado em mineração, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), campus Campina Grande. A partir da demanda de adaptação da disciplina de desenho técnico, com base na fundamentação teórica na área de educação inclusiva para deficientes visuais, foram utilizados materiais e métodos de ensino que pudessem possibilitar a decodificação e a compreensão do conteúdo programático a partir da exploração oral e tátil. Por fim, verificou-se que os princípios do desenho técnico foram compreendidos pela aluna, sendo perceptível sua evolução a partir dos desenhos desenvolvidos.