O artigo faz um comparativo histórico da distribuição de renda no Brasil entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula da Silva (2003-2010) utilizando o coeficiente de Gini como índice de comparação analisando os resultados dos incentivos governamentais dessas gestões. Considera-se a intervenção do governo na economia através de programas de transferência de renda, destacando a eficiência do programa “Bolsa Família”, observando sua relação com a redução da extrema pobreza e o surgimento da “nova classe média”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa por não haver preocupação com resultados numéricos e num aprofundamento de informações sobre um grupo social em determinado período de tempo, a pesquisa é totalmente bibliográfica, baseando-se em reportagens e artigos científicos publicados sobre o tema. O trabalho observa criticamente a relação entre o crescimento econômico e a melhora na distribuição de renda observada no Brasil na primeira década do século XXI, utilizando a hipótese do “U invertido” na qual o crescimento econômico inicia-se pela transferência de trabalho do setor rural para o industrial o que elevaria a desigualdade, só vindo a diminuir quando a maior parte da força de trabalho já estivesse na indústria, portanto conclui-se que não há necessariamente uma relação direta entre crescimento econômico e melhor distribuição de renda. O artigo mostra que o governo Lula adotou uma política econômica mais ‘”keynesiana” lançou um programa de transferência de renda mais eficiente do que a de FHC que teve uma postura oposta, no caso mais neoliberalista, diversas crises internacionais atrapalharam o bom andamento econômico do seu segundo mandado, embora este também tenha trazido avanços sociais importantes para o país.