Artigo Anais III JOIN / Edição Brasil

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-8318

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL CICATRIZANTE DA LECTINA ISOLADA DA ALGA MARINHA VERMELHA BRYOTHAMNION TRIQUETRUM

Palavra-chaves: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, LECTINAS DE ALGA MARINHA, BRYOTHAMNION TRIQUETRUM Pôster (PO) INTERDISCIPLINAR
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Publicado em 12 de outubro de 2017

Resumo

Lectinas são proteínas que reconhecem e se ligam especificamente a epítopos de carboidratos estruturais (mono ou oligossacarídeos) sem modificá-los, exercendo múltiplas funções fisiológicas em vertebrados, invertebrados, bactérias, vírus e plantas. Em adição, várias atividades biológicas de lectinas são reportadas na literatura, incluindo atividade mitogênica, pró- e anti-inflamatória e cicatrizante. O presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial de cicatrização da lectina isolada de alga marinha vermelha Bryothamnion triquetrum (BTL) em feridas cutâneas induzidas cirurgicamente em modelo murino. Para tanto, camundongos albinos Swiss (Mus musculus), machos (n= 33), após anestesiados, foram submetidos ao procedimento cirúrgico com o objetivo de induzir uma ferida circular na região dorsal torácica. Previamente ao procedimento cirúrgico, os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos (n= 11) de acordo com o tratamento tópico administrado: G-I (200 μg/mL BTL); G-II (200 μg/mL de BTL Desnaturada ‘BTLD’); e G-III (Grupo sem tratamento). Imediatamente após a cirurgia os animais foram tratados topicamente durante 12 dias com dose única diária contendo 20 μg/100 μL das lectinas (BTL, BTLD). Para avaliar o potencial de cicatrização de BTL, analises macro e microscópicas foram realizadas. Macroscopicamente, os parâmetros analisados foram: área da ferida, a proporção do fechamento da ferida e observação de sinais clínicos como edema, hiperemia, exsudação, presença de crosta e sangramento. Além disso, para análise microscópica, amostras de tecido correspondentes à área da lesão experimental no 3º, 7º e 12º dias pós-operatórios (POD) foram biopsiadas. As feridas tratadas com BTL mostraram total reestruturação da camada epitelial e de tecido conjuntivo no POD 12. O grupo sem tratamento apresentou ferida aberta, ainda com infiltrado inflamatório vestigial e reepitelização nas bordas da ferida. Quando comparado ao grupo tratado com BTLD e ao controle, a BTL mostrou um processo de reparo mais adiantado em todos os dias analisados. Em conclusão, a utilização de BTL como tratamento tópico apresentou eficiência significativa no auxílio da cicatrização de feridas cutâneas induzidas em camundongos. Outros ensaios deverão ser realizados para determinação do mecanismo de ação da lectina.

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