O presente artigo trata da vida e obra da autora maranhense Maria Firmina dos Reis, dando enfoque ao livro Úrsula e a invisibilidade que recai sobre ela. O livro coloca, pela primeira vez na história da literatura brasileira, o negro para falar sobre seus sofrimentos. Sua estética muito se assemelha aos romances e de seu movimento, com a caracterização dos personagens semelhantes à escola literária da época. Denotando pinceladas de religiosidade e exaltação à natureza, o livro apresenta os sofrimentos dos personagens diante dos seus infortúnios – algo que é característico do movimento, com a presença do condoreirismo nos textos. Apesar de tamanho pioneirismo e importância, Maria Firmina sofreu com uma invisibilidade que durou, após sua morte, 44 anos e ainda hoje perdura nas escolas do ensino médio de todo o país. A justificativa está na discriminação que sofreu da sociedade nos dias de sua vida, pois ela não entrou para o cânone por causa da sua etnia e de seu gênero e sua ocultação perdura até os dias de hoje pois poucos autores e historiógrafos da nossa literatura escreveram sobre ela, se não a acham nos livros que estudamos, como podemos então conhecer tamanha personagem da história da literatura brasileira? Apesar disso, desde sua redescoberta, vários estudiosos e pesquisadores escreveram sobre ela e para este artigo pesquisou-se em vários desses textos para conhecimento da biografia da autora e para compreendermos sua obra, que é raro de se encontrar em sua forma física. Neste artigo procuramos apresentar a autora e sua obra e revelar as causas de sua invisibilidade.