Este artigo tem como objetivo refletir sobre a diversidade na Educação Infantil. Para isso, partimos da compreensão de que a formação humana é tão importante quanto a aquisição de conhecimentos sistematizados inerentes à formação intelectual e que a educação escolar, na perspectiva da inclusão, ou seja, do respeito e da valorização da diversidade humana afeta diretamente o processo de aprendizagem dos sujeitos. Assim, buscamos discutir nesse trabalho a educação escolar sob a ótica da diversidade humana dando ênfase na prática docente como mediação na Educação Infantil, mais especificamente na sala de aula, considerando as políticas afirmativas direcionadas a educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental. Para a concretização deste trabalho utilizamos como base metodológica pesquisa bibliográfica de natureza exploratória, buscando aportes teóricos em autores progressistas e nos documentos nacionais voltados ao tema abordado. A partir da discussão, concluímos que as crianças que se sentem inclusas têm maiores possibilidades para se desenvolverem cognitivamente, socialmente, moralmente, etc., pois se sentem mais confiantes e capazes, uma vez que a indiferença provoca um sentimento forte de negação e incapacidade. Assim, o contato com as mais diversas expressões culturais tornará a aprendizagem da criança significativa, pois proporciona um processo de ressignificação dos saberes já apreendidos e, desse modo, o trabalho na Educação Infantil não deve continuar restrito ao caráter assistencialista. As brincadeiras, o cuidado e a educação devem ser processos indissociáveis baseados no respeito às diversidades e às diferenças nos primeiros anos de vida. No entanto, essas questões necessitam ainda serem debatidas na formação docente e em sala de aula com mais frequência e intensidade, de modo a potencializar o exercício de práticas pedagógicas libertadoras para as diversidades.