Em cursos de graduação de licenciaturas o Estágio Supervisionado promove uma importante experiência em que acadêmico vivencia a realidade das escolas de educação básica, aprofundando as percepções e dificuldades enfrentadas pelo seu futuro ambiente profissional. Um dos obstáculos encarados pelos licenciados em Biologia é a alta abstração dos conteúdos, onde o ensino de biologia necessita do auxílio de metodologias alternativas para proporcionar a assimilação do conhecimento de maneira mais eficaz. Os modelos didáticos são ferramentas que podem intensificar o aprendizado, trazendo uma nova maneira de compreender os assuntos abordados e desenvolver o raciocínio de forma lúdica. Diante desse contexto, os modelos com estruturas tridimensionais ou com alto-relevo reforçam o conhecimento adquirido com o uso do livro didático, despertam o interesse nos estudantes e possibilitam uma melhor visualização da estrutura estudada. Assim, o objetivo geral deste trabalho foi propor a construção de modelos didáticos para esclarecer os conceitos sobre ácidos nucleicos, potencializando o mecanismo de aprendizagem. Neste trabalho relatamos uma experiência didática realizada em duas turmas do primeiro ano do ensino médio da Escola de Ensino Fundamental e Médio José Bezerra de Menezes, localizada na cidade de Fortaleza/CE e desenvolvida por aluna da disciplina de Estágio Supervisionado do Ensino Médio I do curso de Ciências Biológicas. Em cada turma, formaram-se quatro a cinco grupos, com média de cinco a seis alunos por grupo. As equipes poderiam escolher por representar uma estrutura de DNA ou RNA e, em data determinada, apresentar para a turma o modelo produzido. Antes da fabricação, foi ministrada uma aula teórica sobre ácidos nucleicos com o auxílio do livro didático de biologia utilizado pela escola. Ao final da aula algumas perguntas foram feitas aos alunos sobre o conteúdo, com o intuito de avaliar a assimilação, como: quais as estruturas que constituem os nucleotídeos, quais são as bases nitrogenadas encontradas nos ácidos nucleicos e quais as principais diferenças entre DNA e RNA. Diante das respostas, observamos uma pequena dificuldade no entendimento dos conceitos abordados na aula tradicional, devido a temática ser naturalmente abstrata e de difícil compreensão. Durante o processo de montagem os estudantes mostraram uma grande aceitação com a atividade sempre perguntando, pedindo sugestões e tirando suas dúvidas. Após a exposição dos modelos por todas as equipes, foram feitas as mesmas perguntas realizadas anteriormente. Através das respostas percebemos que os alunos entenderem melhor o funcionamento de cada uma das estruturas, onde estão localizadas, as diferenças estruturais entre DNA e RNA e até um maior conhecimento sobre o conteúdo teórico. Também perguntamos qual a opinião deles a respeito da atividade e relataram que a experiência foi bastante positiva, além de promover um melhor entendimento do tema estudado. Essas observações demonstram que a aplicação da estratégia com os modelos didáticos foi eficiente na fixação das teorias básicas, no aumento do interesse dos estudantes pela matéria e melhor visualização e percepção do assunto, proporcionando um modo mais prazeroso de aprendizagem.