No Brasil, tem crescido o interesse pelo estudo das plantas medicinais, bem como uma tendência mundial de preocupação com a biodiversidade ligada ao desenvolvimento sustentável. No comércio brasileiro a venda de uma quantidade expressiva de espécies vegetais se destinam ao tratamento de diversas enfermidades, inclusive, aparecem também como componentes de muitos produtos industrializados, comercializados como drogas vegetais e ou fitoterápicos. O texto teve como objetivo apresentar o levantamento de plantas medicinais no preparo de chás e infusão dessas plantas juntamente com os moradores do bairro Cangalheiro em Caxias-Maranhão. O despertar do interesse acadêmico pelos conhecimentos populares sobre plantas medicinais provêm do fato de que a base desse conhecimento pode ser testada e verificada cientificamente. A pesquisa foi realizada no período de junho à agosto de 2017, foram feitas quinze entrevistas com pessoas indicadas como detentoras de conhecimento do senso comum sobre plantas medicinais, sendo que 74 % eram mulheres e 26% eram homens, na faixa de idade de 35 a 81 anos. As plantas medicinais são muito usadas na preparação de chá, infusão, lambedor e garrafada no processo doméstico, suas propriedas são encontradas 12% na casca, as folhas aparecem com 66% e raizes com 16%, nas semente 6%. Nessa perspectiva é importante ressaltar que o processo artesanal, pelo qual os moradores aprenderam a manusear e cultivas as plantas medicinais em seus quintais na elaboração de chás, sumos e xarope, é uma prática comum na comunidade. O conhecimento popular, traz consigo a necessidade de pesquisas para o esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas diante da necessidade do uso sustentável da biodiversidade. No Brasil, são consideradas cinco regiões em abundância de espécies medicinais: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pantanal Mato-grossense, Cerrado e Caatinga. Algumas dessas regiões possuem plantas medicinais indicadas popularmente, das quais ainda não foram realizadas estudos químico, farmacológico ou toxicológico.