O ensino superior no Brasil é caracterizado por ser tardio, uma vez que as primeiras Instituições de Ensino Superior foram criadas em 1808, após a chegada da família real portuguesa ao país. As primeiras universidades são criadas em 1930, no Governo de Getúlio Vargas. Diante disso o objetivo do trabalho foi descrever o percurso da Educação Superior Brasileira desde a criação das primeiras Universidades até o governo da presidente Dilma Roussef. A década de 1970 foi considerada um período de “milagre econômico”, época de ampliação no número de IES pela oportunidade de ofertar a qualificação que o mercado buscava e as instituições privadas com foco no lucro passam a dominar o cenário de educação superior brasileiro. O número de estabelecimentos de ensino superior privado aumentou de 463 para 682 na década de 70. A década de 90 também marca a história pelo crescimento no número de instituições, principalmente após a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O governo Lula e Dilma na setor da educação priorizaram a construção de campus de Instituições Federais de Educação Superior no interior do país, com objetivo de reduzir a desigualdade social. O ensino superior brasileiro sofreu grandes mudanças nos últimos 20 anos, oportunizando educação para milhares de brasileiros, mas é importante se atentar para alguns efeitos desse processo de expansão. Principalmente no que diz respeito ao perfil dos cursos criados pelas IES privadas, pois esse critério tem se dado com influência direta de demandas mercadológicas, transformando os serviços educacionais em mercadoria.