O ensino de Biologia, mesmo com as mudanças nas metodologias de ensino, apresenta sempre necessidade de melhoramento, de modo que sejam abordados o máximo de assuntos úteis ao cotidiano. Dentre o número extenso de aspectos a serem tratados há a interação fármaco-alimentos, que é um aspecto importante, mas de pouco entendimento por parte da população. Essas interações se caracterizam pelo comportamento não favorável entre os componentes dos alimentos e dos medicamentos, de modo que podem vir a interferir na ação do outro. Todavia, além desse ponto negativo, a associação de determinados alimentos a um tratamento pode ser positivo. Isso por conta da possibilidade de intensificação do efeito de um ou de outro, por meio da promoção de uma maior absorção, onde haverá maior aproveitamento ou pela proteção exercida ao organismo do paciente, que poderia ser sofrer danos por conta das características ácidas de alguns medicamentos, por exemplo. As drogas são, normalmente, inibidas devido as reações enzimáticas e a formação de complexos insolúveis. Ao mesmo tempo, alguns desses fármacos podem diminuir ou aumentar a excreção de alguns desses nutrientes, interferindo na reabsorção renal dos mesmos. Essas interações vão depender de diversos fatores, que envolvem características dos componentes, da maneira como são ingeridos/administrados e características individuais. Tais compreensões não são de conhecimento da população, o que faz com que os mesmos muitas vezes comprometam seus tratamentos, havendo intoxicação ou inibição do mesmo. O conhecimento acerca do assunto é necessário, e o ensino nas escolas mostra fazer grande diferença, pois ao estudar o mesmo os alunos podem levar tais informações àqueles com quem convivem. Tal ensino, porém, somente pode ocorrer se os responsáveis por tal ensino o acham importante e se preocupam em saber sobre o mesmo de modo a poderem trabalha-lo dentro de sala. Dessa maneira, objetivando analisar as opiniões dos estudantes de licenciatura em ciências biológicas e química sobre o assunto e sobre a abordagem do mesmo no contexto escolar, foi aplicado um questionário composto por quatro questões subjetivas, que foram respondidas de forma voluntária por (10) licenciandos. Tal questionário foi submetido a uma análise de conteúdo, e em seguida foram organizados de forma representativa. A partir disso, observou-se que dos 10 participantes, (2) demonstraram compreensão sobre o assunto, e (8) demonstraram conhecimento vago. (4) mostraram não se utilizar de medicamentos e (6) sim. (2) afirmaram não se importar com possíveis interações, e (1) afirmou não haver interações fármaco-nutrientes. Os (10) participantes afirmaram que a maioria da população não tem conhecimento sobre o assunto. (9) afirmaram ser relevante a abordagem do assunto nas escolas, demonstrando os motivos pelo mesmo, e (1) afirmou não ser relevante. Com tal análise é possível perceber que os graduandos possuem uma compreensão sobre o assunto, mas em sua maioria, de maneira vaga. Todos, porém, concordam que é um assunto de extrema importância, sendo sua abordagem bastante interessante no contexto escolar, sendo necessária a elaboração de metodologias eficientes.