A ocorrência de enteroparasitoses no Brasil ainda é considerada um problema de saúde pública que afeta o desenvolvimento físico e mental das crianças. Objetivo: Verificar a prevalência de parasitas intestinais entre escolares a fim de identificar as condições sanitárias do domicílio e hábito de higiene, posteriormente, realizar uma intervenção pedagógica nas escolas a fim de mitigar a ocorrência das verminoses. Metodologia: Realizou-se um estudo documental transversal, através dos resultados de exames parasitológicos de fezes da UBSF no período de 2009 a 2010. Participaram da pesquisa duas escolas da rede pública com alunado menor de doze anos. Quanto às condições sanitárias, pais e alunos foram submetidos a responder um questionário. Resultados: A ocorrência de enteroparasitoses foi de 46,1% (30) casos positivos, dos quais 80% Protozoários e 20% Helmintos. 1/3 dos entrevistados não possuem água encanada, 56,7% relataram fazer o uso de água clorada, 41,7% tem o hábito lavar frutas e verduras, porém 16,7% do escoamentos sanitários ocorrem a céu aberto. As atividades lúdicas nas escolas contemplaram 400 crianças obtendo um resultado positivo em ambas as escolas. Conclusão: Verificou-se que a alta frequência de indivíduos parasitados resulta das modificações comportamentais das crianças e da elevada contaminação ambiental devido ao inadequado saneamento básico, além das fontes de abastecimento utilizadas de forma inadequada.