Pensar as metodologias de correção de texto presentes na prática pedagógica do professor de Língua Portuguesa, remete-nos a refletir também sobre as contribuições que tais processos trazem para a formação dos alunos como autores de seus textos escritos. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo investigar e apontar quais metodologias de correção melhor se aplicariam em primeira versão do gênero conto e como esses procedimentos estabelecem caminhos para o desenvolvimento da escrita. Sobre a fundamentação teórica, apoiamo-nos às contribuições de Bakhtin,Volochinov (1992) e Bakhtin (2003) para discussões sobre concepções de linguagem, língua e gênero; Antunes (2010) e Costa Val (1994) para abordagens sobre texto e fatores de textualidade (coerência e coesão textual); Antunes (2005) e Koch (2003) para abordagens sobre produção de texto; Ruiz (2010) e Souza (2018) para discussões sobre metodologias de correção. Para que fosse possível a realização deste trabalho, analisamos uma produção textual elaborada durante o estágio obrigatório de Língua Portuguesa em uma turma do 8.º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual de Campina Grande-PB. Em relação à metodologia, trata-se de uma pesquisa qualitativa, vinculada ao campo de estudos da Linguística Aplicada, na qual propomos um modelo de correção menos tradicional e mais acessível aos alunos, favorecendo, a partir disso, a reescrita do texto. Para isso, utilizamos a correção classificatória e a textual-interativa, as quais seriam as mais indicadas para a correção de conto em primeira versão, pois promovem o diálogo entre aluno-texto-professor.