O presente artigo busca de uma maneira geral relacionar o jogo de tabuleiro africano Shisima com o ensino-aprendizagem de geometria plana no contexto da Lei nº 10.639/2003. Para a consecução do presente trabalho foi necessário uma abordagem histórica acerca do Shisima utilizando como fonte de pesquisa referenciais bibliográficos e conhecimentos prévios obtidos por meio da vivência num projeto de extensão implementada com os habitantes do povoado quilombola Mimbó – localizado no município de Amarante do Piauí – e alunos no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, Campus Angical por meio de oficinas e mostra de jogos de tabuleiros africanos. A partir daí formulou-se o principal questionamento que norteou este trabalho: Como ensinar a geometria plana utilizando o jogo africano Shisima como ferramenta que auxilie o processo de ensino-aprendizagem no contexto da Lei n° 10.639/2003? Nessa perspectiva, busca-se: apresentar os aspectos históricos e culturais relacionados ao Shisima; identificar os elementos da geometria plana presente no jogo; discutir as vantagens e desvantagens do uso do Shisima como material didático pedagógico do ensino contextualizado de matemática na perspectiva afro-brasileira. Por ser um jogo de estratégias possibilitou perceber a relevância do seu uso como um recurso didático pedagógico, visto que a sua construção e execução contribui para o ensino de matemática de forma lúdica e contextualizada com os elementos da cosmovisão africana, história e cultura afro-brasileira alcançando as dimensões procedimentais, atitudinais, afetivas e cognitivas para qual se dirige os objetivos de aprendizagem. Portanto, o Shisima constitui-se num recurso didático pedagógico eficaz no processo de ensino da geometria plana, seja pelos aspectos acima citados, seja pelos enormes benefícios que a utilização do lúdico em sala de aula pode promover.