Este artigo tem por objetivo compreender como as noções de globalização (SANTOS, 2015; HALL, 2006; BLOMMAERT, 2010), de multicul-turalismo (CANDAU, 2013), de superdiversidade (BLOMMAERT, 2010; VERTOVEC, 2007) e de fronteira (HOUTUN, 2002; PESAVENTO, 2002) se entrelaçaram e estão presentes nas ações de alunos do Ensino Médio de uma escola pública no estado do Ceará, na participação do Projeto Digital Media Education e apresentação do trabalho no Simpósio Ação Cidadã. Para tal, faz-se necessário compreender o que é ser adolescente em uma perspectiva sócio-histórico-cultural, na qual a concepção de homem é sempre “social”. Não concebe-se, aqui, uma visão naturalizada de adolescência, já que ela é social e historicamente construída, existindo de distintas maneiras em diferentes lugares e contextos. A metodologia usada para esse trabalho é a Pesquisa Crítica de Colaboração (MAGALHÃES, 2009), que visa a intervenção pelo e com os participantes na transformação de seu contexto. O recorte para análise compreende a participação destes alunos no Simpósio Ação Cidadã, ocorrido na cidade de São Paulo, em novembro de 2014.