A democratização da universidade pública trouxe consigo um conjunto de demandas para se rever a organização do trabalho pedagógico na universidade. Com a chegada de um novo perfil estudantil, outras tensões e representações de uma juventude pobre, negra, indígena e nordestina chegaram a universidade pública brasileira, resultante das políticas educacionais desencadeadas a partir de 2003. O presente estudo busca a compreensão e reflexão da inserção na Universidade Federal de Alagoas dessa parcela da juventude, antes marginalizada, formada por estudantes advindos de famílias carente. Ainda pretendemos, com essa investigação compreender qual a perspectiva dos jovens universitários e suas estratégias de (re) construção de seus valores e objetivos de vida, pois alguns dos jovens pesquisados são os primeiros membros das famílias a frequentarem cursos de graduação superior. O estudo se estabelece em dois momentos: um no qual os voluntários passaram por um processo de formação e um posterior utilizando o modelo de pesquisa-formação com a produção de um filme-carta tendo por objetivo a autorreflexão e representatividade desses jovens na universidade. Sendo assim o estudo utiliza do modelo de pesquisa-formação para o desenvolvimento da pesquisa, sendo que são premissas teóricas fundamentais para a compreensão das categorias conceituais que elucidam a temática em tela os trabalhos de BOURDIEU (1975), IBIAPINA (2008), OLIVEIRA E BITTAR (2010) e CERTEAU (2008).