De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (2013), cerca de 6,8% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, tendo a visual (3,6%) como a mais representativa no povo brasileiro. Esse panorama indica tratar-se de um contingente populacional importante, cujas dificuldades, como as de acessibilidade precisam ser melhor compreendidas por toda a sociedade, principalmente pelos futuros projetistas (profissionais da Arquitetura e da Engenharia Civil), para tomadas de decisão de projeto mais eficientes. A partir dessas observações, parte-se uma questão central: como pessoas com deficiência visual percebem a acessibilidade urbana em Campina Grande - PB? Para respondê-la, parte-se do pressuposto de que essa percepção é marcada pelas dificuldades de acessibilidade nos diversos espaços da cidade, interferindo na sua locomoção e mobilidade, e no seu direito de ir e vir. A aquisição de informações sobre esse tema é de extrema relevância devido à importância desse contingente social para a sociedade em geral, além da relevância de elaboração e execução de projetos para a melhoria de locomoção das mesmas. Os problemas de acessibilidade estão em toda a parte, contrariando tratados, leis, políticas, decretos e normas, pois as ruas e vias das cidades se transformaram em corredores para veículos e produtos, em espaço para exposição, oferta e venda de serviços. O planejamento para circulação de pessoas com deficiência é secundarizado ou mesmo ignorado, sendo necessário a conscientização de toda a sociedade sobre a acessibilidade, principalmente dos arquitetos e engenheiros civis.