No seio de uma “educação heteronormativa”, pela lógica da abjeção, valida-se um verdadeiro cerceamento na construção das identidades sexuais e de gênero, inclusive das subjetividades, no espaço educacional escolar e acadêmico. Este artigo apresenta, pois, como objetivo central deslindar itinerários emancipatórios para uma política nacional de Educação consoante com os direitos do segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT). É imprescindível na conjuntura nacional hodierna o resgate do gênero humano “para si” por parte, em especial, dessa população. Isto significa transladar de um eclipse ou não reconhecimento dos direitos desse público para o raiar ou a visibilidade dos mesmos. Utilizou-se, nesse sentido, a pesquisa de abordagem qualitativa dos tipos descritiva e explicativa, averiguando-se que o processo de desumanização, enraizado em função da ordem do capital, reflete atualmente o não nutrimento de uma perspectiva emancipatória LGBT na educação brasileira. Isto porque os pilares de tal ordenamento social não aquiescem uma transformação da realidade objetiva e concreta, pautada em princípios e valores éticos de respeito às pluralidades. Para mais, esta investigação encontra-se decomposta em três seções que circundam o objetivo proposto. Assevera-se, portanto, em cada uma delas, o quanto não cabe o binarismo dos gêneros e das sexualidades, em decorrência da debilidade de seus cânones, na educação brasileira. Sugere-se como conditio sine qua non uma política educacional em prol de um devir ou vir-a-ser social, propondo-se repensar sobre os valores heteronormativos nela envoltos, estabelecendo-se caminhos emancipatórios.