A matéria orgânica é um atributo do solo muito sensível às práticas de manejo do solo e dos cultivos agrícolas, sendo eficiente na detecção de alterações nos agroecossistema. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar influência dos diferentes sistemas de manejo do solo sobre a matéria orgânica quantificando o carbono orgânico total (COT) e o índice de manejo de carbono (IMC) de um Cambissolo háplico nas seguintes áreas, sob diferentes usos: 01 – Área de Mata Nativa (AMN); 02 – Área com preparo convencional do solo (APC) e 03 –Área de Colúvio (ACOL), sendo a amostragem do solo feita nas camadas de 0-5 e 5-10 cm. Foram determinados os atributos COT pelo método de oxidação por via úmida, com aquecimento externo; CL (carbono lábil) e carbono não lábil (CNL) pela diferença entre o COT e o CL. Pelas mudanças no COT, entre um sistema de referência (Mata nativa) e um com cultivo agrícola, calculou-se os índices de compartimento de carbono (ICC) e de labilidade (IL), utilizados para calcular o IMC. Conclui-se que os manejos adotados nas áreas agrícolas APC e ACOL reduzem os teores de COT e consequentemente, apresentam também menores valores de IMC comparativamente a AMN, evidenciando que os sistemas de manejo que utilizam revolvimento do solo e/ou ausência de cobertura vegetal favorecem perda da matéria orgânica, tornando o solo susceptível à degradação.