A manifestação da arte está atrelada diretamente às emoções humanas, pois, mediante ela, o indivíduo consegue canalizar seus sentimentos e, assim, de modo sensível e revelador, expor tanto o que sente quanto o que pensa sobre qualquer assunto. Dentre as várias manifestações artísticas existentes, reportamos nosso olhar para a Arte Marginal, a qual visa dar voz e vez a indivíduos que são, muitas vezes, silenciados pela sociedade. Por compreender que práticas educacionais pautadas em abordagens sobre valores éticos (igualdade/desigualdade, diferenças sociais, saberes múltiplos) são de suprema importância na vida de qualquer pessoa, visto que refletirão na formação de um ser humano mais humanizado, logo, sensível ao mundo que vive, o projeto “Base Artística e Reflexiva”, pertencente ao PIBID/LETRAS, da Universidade Estadual da Paraíba, desenvolveu, este ano, um Plano de Atividades Sequenciadas, pautado em um olhar reflexivo, social e educacional sobre Arte Marginal. Foram elaboradas aulas que direcionassem o olhar do aluno de periferia, também marginalizado, para a arte e suas manifestações, atrelando o contexto diretamente ao ensino dinâmico de língua portuguesa na escola, visando, desse modo, um melhor desenvolvimento em habilidades e práticas textuais, bem como uma abordagem criativa, crítica e refletiva da linguagem através do grafite, músicas, repente, entre outros, que são gêneros textuais existentes na arte marginal e pouco valorizados na sociedade. Portanto, objetivamos, neste trabalho, refletir sobre as diversas construções de linguagem, com base nessa arte pouco apreciada, mas que tem em si força, expressão e sensibilidade como qualquer outra. O presente trabalho aponta suas expectativas para um resultado esclarecedor e de pleno reconhecimento das manifestações artísticas minimizadas em nosso cotidiano. Para fundamentar essas discussões recorremos às contribuições teóricas de Custódio (2012), Souza (2011), tal qual os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998)