ALVES, Isabella Nara Costa et al.. . Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/38938>. Acesso em: 02/11/2024 10:21
Este trabalho compartilha uma pesquisa ainda em andamento com uma amostra do público LGBT da cidade do Recife e zona metropolitana que investiga as Representações Sociais construídas por esse público sobre sua vivência na escola. Como introdução, apresentamos de forma breve o cenário político-educacional do Brasil, em que os temas de gênero e sexualidade foram excluídos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e uma abordagem terapêutica de “cura gay” é lançada na área jurídica, possibilitando tratamentos psicológicos de “reorientação sexual”, fatos que resultam na naturalização contra o preconceito e a discriminação sexual. Elegemos como aporte teórico a Teoria das Representações Sociais (RS) de Moscovici (1978) e pensadoras feministas. Parte da pesquisa foi realizada na 16ª parada da diversidade sexual, a outra, em andamento, na plataforma de questionários formulada pela ferramenta Google Drive, já coletou o questionário de 50 pessoas, entre lésbicas, gays, bissexuais, pansexuais, transgêneras e não-binárias. Para coleta de dados, utilizamos a Técnica de Associação Livre de Palavras (ALP), em que foram evocadas 150 palavras, através do estímulo indutor “A vivência LGBT na escola é…”. Os dados coletados foram organizados e analisados em três campos semânticos conforme os ensinamentos de Bardin (2011), enfatizando a Análise de Conteúdo, desde uma perspectiva da interseccionalidade pensada por Audre Lorde e outras autoras negras. O estudo revelou uma representação construída em torno de referenciais socioculturais, afetivos e psicológicos. Podemos concluir, inicialmente, que é preciso discutir os temas de gênero e sexualidade, com a finalidade de diminuir os preconceitos e discriminações contra a comunidade LGBT. Sugerimos que outras pesquisas sejam desenvolvidas utilizando essa temática, de forma que contribua e fomente as discussões de LGBTfobia na escola.