Este trabalho descreve duas experiências de uma bolsista de iniciação científica do projeto “Alfabetização Matemática na Amazônia Ribeirinha: condições e proposições” – AMAR, financiado pelo Programa Observatório da Educação CAPES/MEC/INEP, que oportunizou momentos de experiências e trocas de saberes entre professoras em serviço e professoras em formação inicial, em um ambiente marcado pela diversidade de aprendizagens. Para a produção do artigo utilizamos como recurso principal a memória das atividades realizadas nas escolas das comunidades ribeirinhas localizadas em Belém e Cotijuba, enfocando o ensino de matemática envolta na metáfora da travessia do rio até as escolas. Buscamos inicialmente evidenciar as atitudes pedagógicas que foram tomadas em sala no início da formação inicial e as dificuldades que encontradas em utilizar o erro como algo positivo para o crescimento acadêmico. Para a análise, refletimos sobre as experiências obtidas no âmbito da iniciação científica ressaltando que o contato em sala de aula foi de grande importância para a construção profissional, o que pode ser esclarecido analisando as metodologias de ensino tomadas a partir da análise das primeiras experiências e da relação teoria e prática, discutida nas reuniões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática e Cultura Amazônica -GEMAZ. Para evidenciar o crescimento acadêmico, relatamos duas atividades realizadas em distintas unidades pedagógicas buscando mostrar como é possível desenvolver uma aula de matemática diferenciada e de modo atrativo para as crianças, incentivando a criatividade e a curiosidade na busca de novos saberes. Esses momentos contribuíram também para a aprendizagem docente, tendo em vista que a autora principal desse trabalho foi aluna do curso de pedagogia. Concluímos evidenciando a importância de comunicar a outros os possíveis “saberes e fazeres” e destacando que a experiência, além de se tornar material de reflexão, também se torna conhecimento acumulado para futuras práticas.