Resumo: Uma das metas da comunidade cientifica são as produções cientificas de alta qualidade. Com a difusão e divulgação dessas produções com maior facilidade devido ao aumento da tecnologia surge o cuidado para que se protejam os direitos autorais daqueles que escrevem cientificamente. Na intenção de refletir sobre essas questões e também sobre o impacto disto na área da psicologia, realizou-se uma pesquisa sobre o plágio entre estudantes dos cursos de psicologia em duas instituições de ensino superior no município de Campina Grande, sendo uma delas pública e outra particular. O objetivo foi verificar a incidência do plágio entre estudantes destes cursos e identificar as suas causas e consequências. A pesquisa se apresenta como quantitativa e transversal, o instrumento de coleta de dados foi composto por três questionários de múltipla escolha, tendo no total: 31 questões, sendo eles especificados da seguinte maneira: questionário de autoria do estudante, escalas sobre desempenho acadêmico e questionário sócio econômico. Após coleta de dados foi montado um banco de dados no programa estatístico SPSS (Statistical Package For Sciences) – versão 20.0 para a análise das informações a partir de modelos estatísticos. A amostra foi composta por 200 alunos dos dois cursos de psicologia (N=118 para a instituição de ensino superior privada e N= 82 para a instituição de ensino superior público) e caracterizada como probabilística do tipo casual simples. A idade média dos informantes foi de 19 anos (DP= 1,46), com amplitude entre 16 e 43 anos de idade. 70% da amostra foram do sexo feminino. Foi verificado que de fato há a prática recorrente do plágio entre os estudantes de ensino superior avaliados. Porém, não existe uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos, a significância de 0,68 (p ˂ 0,001) (ensino privado: M = 3,42, DP = 1,07; ensino público: M = 3,62, DP = 0,94). Pode-se identificar como causa primária do plágio apresentada neste estudo, a falta de uma campanha que possa evitar tal conduta (96,5% da amostra não conhecia nenhuma campanha sobre plágio na época da pesquisa). Pelo fato dos alunos terem sido educados a copiar mecanicamente vários textos no Ensino Médio sem realizar citações, isso talvez possa tê-los acostumado neste comportamento, apenas repetindo a prática no Ensino Superior. Dessa forma, as instituições de Ensino Superar devem perceber a questão do plágio como pedagógica e encontrar estratégias para inibir e consequentemente acabar com essa prática.