Este artigo constitui-se em uma reflexão sobre a importância da educação na tomada de consciência das mulheres, possibilitando assim o rompimento com os preconceitos e estereótipos que impedem o pleno gozo da cidadania das pessoas do gênero feminino. Tem como objetivo principal refletir sobre um tipo de educação que possibilite uma vida emancipada e empoderada às mulheres para que estas tenham como enfrentar os estigmas e os obstáculos impostos por uma sociedade socioculturalmente machista e misógina. A discussão aqui proposta mostra-se de extrema relevância, considerando que as mulheres são diariamente vítimas dos mais variados tipos de violência, sendo a educação uma importante e indispensável ferramenta para que estas possam, através da conscientização, sair da posição subalterna na qual foi colocada. Esta pesquisa é de cunho qualitativo, não se preocupando com representatividade numérica, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social ou de uma organização. Quanto aos procedimentos, classifica-se como pesquisa bibliográfica a qual proporciona um maior conhecimento teórico sobre a temática aqui apresentada. Para o embasamento teórico, buscou-se as ideias de autores como Paulo Freire, Amartya Sen, Edgar Morin, Bernard Charlot, Gustavo Venturi e Marisol Recamán dentre outros. Compreende-se ser urgente debater maneiras de tornar a educação acessível e eficiente à melhoria de vida das pessoas que por um motivo ou outro foram historicamente marginalizadas na sociedade. Proporcionar uma educação crítica, desalienadora, que promova as diferenças e as identidades de cada grupo será dar a estes condições de reinvidicar os seus direitos como protagonistas de sua própria história.