Para analisar as relações do ser humano com o meio ambiente, é necessário compreender como este espaço é estruturado e percebido na mente das pessoas, ou seja, como ocorre a construção das imagens mentais pelas mesmas. O mapa mental é uma ferramenta poderosa de anotação de informações. Este trabalho teve por objetivo analisar e compreender a visão (percepção) de estudantes da educação básica, que vivem em comunidades costeiras e de estudantes que vivem afastados da costa no município de Natal/RN, sobre o ambiente marinho. O trabalho foi desenvolvido com 35 alunos em 2 escolas públicas do município de Natal-RN, sendo uma inserida em bairro tipicamente litorâneo (n=13), e outra localizada no bairro afastado da costa (n=22). Foram utilizados como amostra para o trabalho os alunos do 2° ano do ensino médio. Foi proposto que os estudantes apresentassem desenhos de elementos que eles “veem ou que consideram estar presente” no ambiente marinho da sua região. O método deste trabalho foi baseado no uso de mapas mentais com base na repetição dos elementos criados pelos alunos sobre o ambiente. Para análise dos dados, os elementos construídos pelos alunos foram categorizados em Naturalista; Globalizante; ou Antropocêntrico. Os dados quali e quantitativos foram categorizados e apresentados de acordo com a frequência apresentada nos desenhos. Nos resultados encontrados neste trabalho, para percepção ambiental atual (visão atual – presente do ambiente marinho), predominou a visão Naturalista para ambas as escolas, havendo uma variação da visão atual entre as escolas, de forma que os alunos que vivem próximo à costa demonstraram elementos da visão Antropocêntrica em frequência superior a dos elementos Globalizantes, diferente dos alunos que vivem afastados da costa, que a visão Globalizante foi superior a Antropocêntrica. Diante do que foi observado, foi possível verificar que os estudantes de ambas as escolas indicaram que o ambiente marinho é rico em elementos naturalistas, como fauna, flora e recursos naturais, porém a visão dos estudantes que vivem próximo à costa mostrou que estes conseguem identificar melhor elementos antropocêntricos.