A educação contemporânea enfrenta desafios no sentido de propor melhorias educativas que garantam uma educação de qualidade e para todos, de forma que o professor tenha subsídios para atuar como mediador do conhecimento e os alunos como coparticipante de sua própria formação. Sob esta ótica, a educação brasileira baseia-se nos quatro pilares educacionais propostos pelo relatório da UNESCO, no qual sugere o desenvolvimento do aluno para o aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a conviver e o aprender a ser. Não obstante, observando a realidade educacional vigente, nota-se uma deficiência principalmente no aprimoramento dos pilares “aprender a conviver” e “aprender a ser” que significam a capacidade de relacionar-se positivamente com outras pessoas e a capacidade para compreender a si mesmo, correspondendo às duas inteligências sistematizadas pelo teórico Howard Gardner dentre elas a inteligência Interpessoal e Intrapessoal respectivamente. Nesta perspectiva, o presente estudo pretende analisar como um currículo de educação emocional, o currículo PATHS (Pensamento, Afetividade e Trabalho com Habilidades Sociais- 1994), contribuiu positivamente para o aprimoramento do “ser” e “conviver” em duas turmas do ensino fundamental. A parte empírica foi realizada durante 8 meses em turmas do 2°ano em uma escola regular de João Pessoa, no qual foi possível por meio de observação e formulários realizados, verificar como a didática curricular e a ação docente contribuíram positivamente para o desenvolvimento das inteligências intrapessoais e interpessoais que correspondem aos pilares do aprender a conviver e aprender a ser. Dessa experiência, pode-se concluir que o currículo em tela se constitui numa ferramenta que possibilita auxiliar a prática docente na condução dos ensinamentos que perspectivam a formação do educando para a vida, baseando-se nos princípios da educação emocional.