Resumo: O presente artigo visa a discorrer sobre a contação de história como prática literária de grande relevância para a construção cultural da humanidade e se constitui parte do aparato teórico que embasa a tese de Doutorado intitulada “A expressão criativa e a subjetividade do contador de histórias no Programa BALE”, no Programa de Pós-Graduação em Letras-PPGL, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Para tanto, apresenta uma discussão acerca da atividade de contar histórias e dos contadores que atuam nos diversos espaços sociais. O objetivo é discutir algumas perspectivas sobre a trajetória das histórias, desde o conto da tradição oral até as narrativas escritas, com ênfase nos seus contadores ao longo do tempo. Esse costume, que vem desde os tempos dos homens primitivos, se configura como uma manifestação literária que se perpetuou através dos séculos, tendo na figura do contador um agente de interação entre a narrativa e o público, seja nas sociedades antigas nas quais predominava a oralidade como forma primordial de comunicação, ou na contemporânea, pautada principalmente na escrita, onde o contador de histórias vem ganhando cada vez mais espaço, sendo considerado um artista da palavra, assim como a contação de história uma arte. Os estudos revelam que a narração de histórias está presente na cultura humana desde tempos imemoriais, tendo evoluído e se modificado juntamente com a sociedade. Com isso, torna-se cada vez mais relevante a realização de pesquisas em torno da contação de histórias como fenômeno cultural e literário que se manifesta de várias maneiras e a partir de diversos suportes, visando com isso fortalecer a produção científica sobre o tema, bem como compreender as definições que os estudiosos vêm trazendo para essa prática hoje.