Envelhecer faz parte do curso natural da vida, proporcionando transformações biológicas, psicológicas e sociais no indivíduo. Todas essas modificações diversificam em conformidade com as particularidades genéticas, fatores externos, como forma de vida e hábitos de cada indivíduo. Através de políticas públicas habitacionais, os condomínios para idosos são moradias cercadas ou muradas arquitetadas com o intuito de acolher idosos que apresentem baixa renda, sem famílias ou relacionamentos familiares estremecidos e independentes na execução de suas atividades cotidianas. O presente estudo objetiva analisar o perfil sociodemográfico e de saúde de idosos atendidos por um programa habitacional. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica com desenho transversal, de natureza quantitativa. O estudo foi realizado com 25 idosos beneficiados por um programa habitacional, localizada no município de Cajazeiras-PB. Foi aplicado questionário abrangendo variáveis demográficas (idade, sexo, profissão, estado civil, aposentadoria, profissão/ocupação e arranjo familiar) e algumas de relacionadas à saúde (tabagismo, uso de bebidas alcóolicas, uso de medicação, vida sexual ativa e uso de preservativos), os dados foram apresentados e comparados sob a forma de tabelas, visando à obtenção do seu significado para a pesquisa, sendo as respostas semelhantes agrupadas e posteriormente havendo a discussão dos dados conforme a literatura pertinente. Foram entrevistados 25 idosos, onde 14 eram do sexo feminino (56%) o que mostra um predomínio em relação aos do sexo masculino (44%), os mesmos relataram em sua maioria serem aposentados (92%) e com idade variando entre 61 e 79 anos, sendo a faixa etária predominante a de 70 a 79 anos (52%), 13 relatam não serem alfabetizados e 4 possuírem graduação. Podemos concluir que há um predomínio do sexo feminino entre os idosos beneficiados por esses programas habitacionais, a maioria dos idosos apresentou um nível de escolaridade baixo, o que influencia diretamente na sua qualidade de vida. A falta de informação pode contribuir para que o idoso seja mais susceptível a agravos, visto, por exemplo, o não uso de preservativos durante as relações sexuais.