A incidência do HIV na população acima de 60 anos cresce, emergindo como desafio para o Brasil, no sentido de políticas públicas e estratégias que garantam o alcance de medidas preventivas e melhoria de qualidade de vida a esse público alvo. Objetivou-se avaliar a expectativa de futuro em idosos que vivem com HIV/aids. Trata-se de um estudo quantitativo realizado no mês de outubro de 2017, com idosos diagnosticados com HIV/aids que recebem assistência em um Hospital de Referência para Doenças Infectocontagiosas no município de João Pessoa/PB, Brasil. Como critérios de elegibilidade determinaram-se: pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, diagnosticadas com HIV/aids, com condições físicas e cognitivas preservadas, estando aptos a responder os instrumentos, que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa conforme CAAE 71135917.3.0000.5176. Os idosos tinham idade mínima 60 e máxima 69 anos, 50% (5) solteiros, 30%(3) analfabetos, 20% (2) fundamental incompleto e fundamental completo, respectivamente; 10%(1) alfabetizado, ensino médio completo e ensino superior completo. Quanto a expectativa de futuro obteve-se escore mínimo de 21, máximo 85, média 62,1±21,14. No aspecto do medo, 60% (6) revelaram-no, mas 60% (6) não sentem-se culpados pelo diagnóstico de infecção ao HIV/aids. Embora ocorra preocupação quanto aos aspectos clínicos e epidemiológicos da aids na terceira idade, o apoio emocional ao paciente é necessário no intuito de auxiliar nas questões de ordem afetiva, consequências do despreparo que envolve o trato psicossocial da doença.