O envelhecimento é um processo essencial caracterizado por alterações anatômicas, fisiológicas, bioquímicas e morfológicas, próprias ao grupo de idosos, tornando-os mais suscetíveis as agressões extrínsecas e intrínsecas. Diante das alterações que ocorrem no processo de envelhecer, a atividade física se apresenta como uma provável forma de retardar declínios funcionais, reduzir o surgimento de doenças crônicas em idosos com a saúde preservada ou em doentes crônicos. O presente trabalho tem, portanto, o objetivo de analisar os hábitos de vida dos idosos participantes de um Projeto de Extensão realizado em Picos-PI. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, envolvendo 14 idosos que fazem parte do projeto vida saudável: práticas integrativas de promoção do envelhecimento ativo. O estudo foi executado no período de abril a agosto de 2017, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Picos-PI. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário aplicado por integrantes do Grupo de Pesquisa Em Saúde Coletiva (GPESC) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Entre as variáveis utilizadas citam-se: Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência abdominal, tabagismo, etilismo e a frequência com que a atividade física é realizada. Os dados foram selecionados e analisados por meio do programa estátistico statistical package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Dos 14 idosos entrevistados 9(64,3%) tiveram sobrepeso, e apenas 5(35,7%) obtiveram IMC adequado. Em relação à circunferência abdominal 9 (64,3%) apresentaram aumento, enquanto apenas 5(35,7%) se enquadrava nos parâmetros normais. Com a relação à prática de atividade física 5(35,7%) afirmaram não praticar nenhuma atividade física e em sua maioria 9(64,3%) disseram realizar regularmente atividade física. Quanto ao uso do álcool e tabaco apenas 3(21,4%) e 4(28,6%) respectivamente afirmaram fazer uso e 11(78,6%), 10(71,4%) disseram não usar. Diante do que foi exposto, observa-se que mesmo existindo informações e orientações sobre hábitos de vida veiculados pela mídia e profissionais através de educação em saúde, o grupo estudado não se enquadra nos padrões recomendados. Portanto faz-se necessárias atividades que auxiliem esses idosos a ser participativos na construção de sua qualidade de vida, como por exemplo: caminhada, acompanhamento nutricional e físico e dança, auxiliando assim no envelhecimento ativo.