Introdução: O Brasil apresenta atualmente uma elevação significativa do número de idosos, acompanhando assim o fenômeno mundial do envelhecimento populacional. Com o aumento deste contingente, deve-se buscar melhorar a qualidade de vida e para isso é necessário a redução de agente de riscos que possam provocar incapacidades físicas e psicossociais, dentre essas a violência. A demanda de denúncia de idosos vítimas de violência que buscam ajuda nas delegacias especializadas se materializa de várias formas, desde abusos físicos, financeiros, psicológicos e sexual, até omissões (abandono, negligência e autonegligência); tendo como os maiores denunciados a própria família (filhos e netos), que se nega a cuidar do idoso. Objetivo: Este estudo tem como objetivo geral explorar a literatura sobre os maus tratos e a violência contra o idoso, e como objetivos específicos identificar os tipos de maus tratos sofridos por idosos; e descrever as condutas adotadas pelos profissionais de saúde contra a violência. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada através das bases de dados BVS e BDENF no período de junho a agosto de 2017, onde em um primeiro momento utilizaram-se os descritores “Maus tratos ao idoso” e “violência” unidos pelo conector booleano “AND”, e em um segundo momento foi utilizado “Idoso”, “Violência” e “Cuidado de enfermagem” também unidos por AND. Após serem aplicados os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados dez artigos para esta pesquisa. Resultados e discussão: Os artigos trazem que dentre as várias formas de violência e maus-tratos, a violência doméstica quando atestada, é mais relatada também entre as mulheres, com destaque ao abuso psicológico que representa 55,1%, o abandono e negligência também são relatados com freqüência, representando 45,0%, pois o idoso violentado geralmente mora com o agressor, podendo este ser um filho, familiar ou cuidador. Os estudos encontrados afirmam que uma maior proporção de idosos sofrem maus-tratos quando têm algum prejuízo cognitivo e/ou demência, sendo o abuso financeiro muito mais freqüentemente observado nessa situação. O estudo ainda mostra que a identificação de situações de maus tratos e violência é fundamental para a manutenção da saúde da vítima e para prevenção de agravos. Considerações finais: Este trabalho possibilitou que fossem encontradas em destaque as principais violências contra idosos que são: o abuso psicológico, o abandono e negligência, mostrando que na maioria das vezes o idoso mora com o agressor, o que traz como consequência o medo, a angústia e sentimento de culpa. Como pontos de prevenção e condutas tomadas, evidenciaram-se o “Estatuto do idoso”, os fatores de risco que devem ter um olhar crítico dos profissionais de saúde e as condutas que podem ser adotadas a fim de promover uma melhor qualidade de vida aos idosos. Com isso se perceber a importância e a necessidade de capacitar os profissionais para identificar a violência a partir dos comportamentos expressos, aparência, sinais físicos e as explicações ilógicas para explicar lesões, hematomas e traumas.