Introdução: A avaliação para a população idosa deve fornecer parâmetros de desempenho em diversas habilidades - física, cognitiva e social, de modo que os indivíduos possam se empenhar em conquistar melhores resultados ou tentar mantê-los em níveis adequados, na busca de um envelhecimento saudável. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a percepção acerca de avaliações físicas periódicas, sua importância e o significado prático dos testes, por indivíduos idosos participantes de um projeto de ginástica para a terceira idade submetidos a essas avaliações.
Material e métodos: Participaram voluntariamente 36 indivíduos (2 homens e 34 mulheres), idades entre 58 a 80 anos (66,9 ± 6,6 anos), integrantes de uma turma de ginástica de um projeto para a terceira idade. Foi aplicado um questionário, no formato Likert, visando obter o entendimento quanto à realização de avaliações físicas que ocorrem periodicamente no projeto. Os dados foram analisados em termos de frequências absolutas e relativas. Resultados: O tempo de participação no projeto foi de 9,1 ± 6,5 anos. Do total de indivíduos, 66% mencionou saber razoavelmente ou nada sobre a finalidade de uma bateria de testes; 83% afirmou saber pouco ou nada sobre as valências físicas que cada teste avaliava; 44% reconheceu receber pouca ou nenhuma informação sobre o significado prático dos resultados para a vida cotidiana e; 56% admitiu que não faz ou faz muito pouco uma comparação entre as avaliações. Conclusão: Com base aos resultados encontrados, parece ser necessário que indivíduos idosos busquem entender e valorizar os resultados de testes físicos e adotem um comprometimento mais efetivo em relação à prática de exercícios físicos. Ressalta-se a importância de um olhar mais atencioso dos profissionais da atividade física, no sentido de adequarem a linguagem técnica da educação física à população idosa, educando-a e capacitando-a para que seja corresponsável na busca pelo autocuidado e por uma melhor qualidade de vida.