O Brasil passa por um processo de transição demográfica no qual a população idosa cresce gradualmente, ocasionando o aumento de doenças nessa faixa etária, principalmente as crônicas e não transmissíveis. Nesse contexto, o número de casos de depressão em idosos tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, diminuindo a qualidade de vida dos acometidos e constituindo um problema de saúde pública. Assim esse estudo teve como objetivo refletir sobre a depressão em idosos, baseado na teoria de Sister Callista Roy. O processo de envelhecimento traz inúmeras alterações físicas, psicológicas e sociais para a vida do ser humano, sendo necessário a adaptação deste à essas mudanças. A teoria de Sister Callista Roy considera o indivíduo como um ser holístico e complexo, capaz de se adaptar as diversas situações em que é exposto. Essa adaptação pode ocorrer por quatro modos, sendo eles: fisiológico, autoconceito, função de papel e interdependência. Esses modos correspondem aos diversos aspectos da vida de um ser holístico. Dessa forma, compreende-se que o ser humano que está passando pelo processo de envelhecimento, precisa adequar-se às alterações provocada por essa fase, com o intuito de evitar uma possível depressão e suas consequências, pois a falta de adaptação às mesmas trazem consequências para saúde mental. Pode-se concluir, portanto, que a depressão em idosos é um tema que requer desenvolvimento de estudos e políticas públicas que possibilitem a prevenção e tratamento deste transtorno de humor, em especial na utilização de referencial teórico pela enfermagem, o que possibilita um cuidado mais sensível, ético e com qualidade.