Nas últimas décadas, a população brasileira vem passando por transformação em seu regime demográfico e em sua estrutura etária. A população idosa cresce de maneira exponencial e atrelado a esse fenômeno está a mudança epidemiológica com a presença das doenças crônico-degenerativas. Essas patologias podem ter como consequência a aquisição de uma deficiência física, principalmente, na população idosa que é a faixa etária mais predisponente a desenvolver doenças, como o Acidente Vascular Cerebral, Diabetes Mellitus e problemas circulatórios. Este estudo teve como objetivo discutir os tipos de assistência oferecidos ao idoso que adquiriu uma deficiência física na velhice. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, de natureza exploratória, descritiva, realizado em um Centro Especializado em Reabilitação Física e Auditiva, localizado no município de Vitória da Conquista/BA. Participaram da pesquisa 22 idosos, com 60 anos ou mais de idade, que apresentavam algum tipo de deficiência física adquirida a partir dos 40 anos de idade, com condições mentais preservadas para responder ao instrumento de pesquisa, avaliadas a partir da aplicação do Mini Exame do Estado Mental /MEEM e que aceitaram participar de maneira voluntária da pesquisa. Os instrumentos aplicados para a coleta dos dados foram um questionário de informações biosociodemográficas e a entrevista semiestruturada. Para a análise dos dados provenientes da entrevista semiestruturada foi empregada à técnica de Análise de Conteúdo, modalidade Temática ou Categorial. Também foi empregado o software Qualitative Solutions Research Nvivo/ QSR NVivo, versão 10 e tosos os princípios éticos previstos foram adotados durante a pesquisa. Os resultados apresentaram o perfil sociobiodemográfico dos participantes e das entrevistas emergiu a categoria: “Assistência ao idoso com deficiência física”. Aquisição de uma deficiência física na velhice trouxe mudanças na vida da pessoa idosa e estes revelaram que a assistência maior que eles tiveram após essa aquisição foi por parte da família. Mesmo existindo uma legislação para essa parcela da população, a maioria dos participantes não conhecia ou não procurou por seus direitos garantidos por leis, com exceção da aposentadoria. Assim, podemos concluir que a família ainda se apresenta como fonte fundamental de cuidado e assistência à pessoa idosa com deficiência física e que seus direitos devem ser mais divulgados e acessados com menos burocracia.