Resumo: Objetivou-se com este trabalho analisar a relação entre o ambiente e os eritrogramas de três genótipos de ovinos: Morada Nova, Somalis e mestiços de Dorper x Somalis, para verificar as diferenças genéticas quanto à adaptação desses animais ao semiárido nordestino. O experimento foi desenvolvido no município de Patos, na Paraíba, com latitude 07° 05’ 28’’ S, longitude 37° 16’ 48’’ W, altitude de 250m, que se caracteriza por apresentar um clima BSH (Köppen). Foram utilizados 30 ovinos das raças Morada Nova, Somalis e Dorper x Somalis, sendo 10 de cada raça. Foi calculado o ITGU (índice de temperatura de globo negro e umidade) e registrada a temperatura e umidade relativa do ar através de termômetros de globo negro acoplados a um datalogger. Uma vez por semana, durante todo o período experimental, foi aferida a temperatura retal (TR) dos ovinos e a cada 15 dias realizou-se uma coleta de sangue em todos os animais para análise laboratorial. O valor médio encontrado para o ITGU foi de 85,5. A média da temperatura do ar foi 32,4 e da umidade relativa 48,2. Os ovinos da raça Morada Nova apresentaram menor número de hemácias e menor CHCM (P<0,05) e maiores valores para hematócrito, VCM e HCM, além de temperatura retal menor do que os animais dos outros grupos genéticos. O estresse térmico pode influenciar os valores do hemograma de ovinos por modificar a concentração de alguns constituintes do sangue. Diferentes raças ovinas podem apresentar valores distintos no eritrograma de acordo com sua adaptabilidade ao ambiente em que vivem e devido a características inerentes de cada raça.