INTRODUÇÃO: A mudança na estrutura demográfica brasileira é decorrente de um crescente processo de envelhecimento populacional. Essa transição alterou o perfil epidemiológico da população, uma vez que, em menos de 40 anos, o Brasil passou a apresentar uma morbi-mortalidade caracterizada por doenças crônicas, típicas das faixas etárias mais avançadas. Inserida na nova realidade do país, a Doença Renal Crônica (DRC) se apresenta como um grande problema de saúde pública, que causa grande deterioração do estado de saúde e da qualidade de vida (QV) de pacientes idosos. OBJETIVO: Sendo assim, o objetivo do trabalho é analisar a QV de pacientes idosos com DRC e a repercussão dessa doença nos âmbitos físico e mental. METODOLOGIA: Este trabalho consiste em uma revisão sistemática consubstanciada na literatura e nas bases de dados LILACS e SCIELO, para as quais se utilizou o descritor: doença renal crônica (chronic kidney desease) AND envelhecimento (aging). Para seleção dos artigos, utilizou-se como critério de inclusão a data de publicação e a utilização de instrumentos de caracterização da população-alvo. RESULTADOS: Foram localizadas 213 referências, das quais 9 foram selecionadas de acordo com os critérios de inclusão. Desse modo, observou-se que, dentre as selecionadas, 44% das publicações se concentraram entre os anos 2009 e 2011, ressaltando a atual importância da temática para a sociedade. Além disso, 11% dos estudos foram realizados nos Estados Unidos, enquanto os 89% restantes eram brasileiros, distribuídos pelos estados das regiões sudeste e sul do Brasil. As pesquisas quantitativas de caráter descritivo prevaleceram, seguidas por estudos qualitativos e revisões bibliográficas e, todos mostraram, a partir da utilização de instrumentos como Kidney Desease and Quality of Life-Short Form, Mini Exame do Estado Mental, ou entrevistas semi-estruturadas, que a QV dos idosos com DRC apresentou-se baixa, sendo pior naqueles pacientes mais velhos, do sexo feminino, e acometidos por 2 ou mais outras doenças crônicas associadas, como diabetes, cardiopatias, artrites e depressão. CONCLUSÃO: Logo, tendo em vista a relevante problemática da DRC, observa-se a necessidade de identificar fatores associados como idade, sexo, número de internações e outras doenças crônicas associadas, a fim de promover um planejamento adequado das ações de saúde para melhor atender e melhorar sua qualidade de vida dessa crescente e importante parcela da população brasileira.