Introdução: Todo ser humano é fruto tanto de condições sociais, físicas, emocionais, culturais, psicossociais e ambientais do meio em que vive. Somos organismos complexos com sistemas externos e internos também complexos, que são interdependentes e complementares entre si. Essa complexidade intrínseca e essa dependência mutua de sistemas corporais e de relações interpessoais, características da nossa espécie, tornam-se mais evidente à medida que envelhecemos e, por isso, é justamente essa parcela da população, os idosos, que carecem de atendimento profissional e multidisciplinar que englobe sua saúde como um todo. Entretanto, não é esse o tipo de cuidado que os idosos vem recebendo e áreas de extrema importância pra o bem estar desses indivíduos vem sendo relegada a último plano como acontece com a odontologia geriátrica. Objetivos: Avaliar a relação existente entre saúde bucal e qualidade de vida dos idosos. Metodologia: Revisão de literatura realizada em Fevereiro de 2013 que utilizou como base artigos compilados nas bases de dados SCIELO, BVS e LILACS escolhidos devido a sua adequação às temáticas “Saúde do idoso”, “Odontologia geriátrica” e “saúde bucal”. Resultados: A qualidade de vida nos idosos está diretamente relacionada ao estado de saúde geral bem como ao estado de saúde bucal. O atendimento da pessoa idosa deve ser feito através de uma equipe multidisciplinar, tendo em vista que o paciente idoso já possui naturalmente em seu histórico médico algumas doenças ou limitações orgânicas frequentemente associadas ao envelhecimento. O processo de envelhecimento não é responsável pelo aparecimento de doenças relacionadas à saúde bucal, mas estas estão geralmente presentes em indivíduos idosos e, por isso, a odontologia geriátrica vem ganhando cada vez mais espaço. Contraditoriamente ao atual crescimento da odontologia geriátrica, os cuidados destinados à população idosa têm sido sistematicamente excluídos das programações de saúde bucal em nível coletivo, ficando restritos às ações em pacientes que procuram individualmente os serviços da odontologia, sobretudo no âmbito particular. Conclusão: Com o envelhecer algumas alterações fisiológicas acontecem, como a diminuição da capacidade mastigatória, dificuldade de deglutição, diminuição da salivação, modificações no paladar e perda da dimensão vertical. Essas alterações fisiológicas podem culminar ou causar diversas patologias bucais bastante frequentes, como cáries radiculares, infecções por fungo, lesões da mucosa bucal e doenças periodontais que devem ser prontamente reconhecidas por qualquer profissional de saúde para que o paciente idoso possa ser encaminhado para um profissional mais apto a cuidar de sua condição e restabelecer sua saúde e qualidade de vida. Com isso, faz-se evidente a crescente necessidade de criação e ampliação de programas voltados à saúde bucal da população idosa, principalmente para a parcela mais carente desse grupo que, por não dispor de condições sócio econômicas favoráveis, vivencia uma redução na sua qualidade de vida mais acentuada quando comparados aos idosos pertencentes a classes mais abastadas.