Introdução: O perfil da morbimortalidade foi modificado ao longo das décadas, possibilitando o aumento da perspectiva de vida, evidenciada pela melhoria da qualidade de vida e saúde. Sendo assim, cresce o interesse acerca dos temas relacionados ao envelhecimento, como: a elaboração e implementação de políticas públicas direcionadas a população idosa, currículos acadêmicos voltados ao preparo dos profissionais quanto às questões da velhice, além da elaboração de ambientes que resgatam a autonomia e promoção da saúde desses sujeitos. Percebe-se que o crescimento do número de idosos vem trazendo enorme visibilidade perante a sociedade, porém a mesma precisa reformular sua concepção sobre velhice, para ampliar os recursos e oferecer aos idosos serviços que atendam a suas necessidades. Nessa perspectiva surge os Centros de Convivência de Idosos (CCI), como espaço político e propiciador de inclusão social, onde se valoriza a participação, a mobilização, histórias de vida e autonomia dos usuários. No município de Campina grande/PB, cenário desse estudo, a formação dos grupos de convivência se deu a partir dos espaços sociais localizados nos bairros da cidade, o que sensibilizou a gestão municipal a implantar um CCI com o objetivo de desenvolver atividades que vão desde palestras educativas, seminários, encontros, assistência médica (geriatria e enfermaria), fisioterapia, educação física, psicologia, pedagogia a encaminhamentos para o processo de retirada dos benefícios de prestação continuada para idosos, além da participação dos grupos em festas comemorativas. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada pelos autores desse estudo, acerca dos idosos e do CCI enquanto espaço de aprendizagem e de promoção da saúde. A vivência no serviço citado ocorreu durante a realização do Componente Curricular “Saúde do Idoso” do 6° período da graduação em Enfermagem, no ano de 2012, onde tivemos a oportunidade de conviver com os idosos durante cinco dias e vivenciar a dinâmica do referido Centro. Métodos: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, realizado no CCI em Campina grande/PB, construído a partir da observação e experiências adquiridas pelo contato com a Coordenação local, Estrutura física e a dinâmica de trabalho junto ao idoso assistido. Resultados e discussões: A proposta do CCI extrapola o modelo biológico, revelando-se como espaço político, de inclusão, de alteridade e autonomia dos sujeitos implicados com o cuidado a saúde. A estrutura física compreende um espaço dividido por áreas, como: atividades de assistência à saúde, de lazer, de socialização, de refeição, dança. A integração com os idosos e a equipe de apoio do CCI possibilitou aos acadêmicos desenvolver atividades de promoção e prevenção à saúde (atividade física, educação em saúde, artesanato, música, dança, teatro, prestação de informações, dentre outras. Considerações Finais: Nossa vivência permitiu conhecer um espaço até então por nós desconhecido, (re) conhece-lo enquanto instituição que assiste à população idosa na dimensão biopsicossocial e compreender que ser classificado como idoso não o torna incapaz perante a sociedade. Além disso, a aproximação com o CCI, fortaleceu o compartilhamento de saberes entre academia e espaço social do idoso, estreitando o vínculo docente-discente-idoso-comunidade.